CELLY SILVA
DA REDAÇÃO
O ex-deputado estadual e apresentador de TV, Maksuês Leite, foi condenado a quatro anos, um mês e 20 dias de reclusão em regime semiaberto e terá que pagar 67 dias-multa pelos crimes de peculato e falsidade ideológica.
O político é acusado de fazer parte de um esquema que fraudou licitações de compras de material gráfico da empresa dele, a Propel Comércio de Materiais para Escritório Ltda., pela Câmara Municipal de Cuiabá, em 2013, época em que o advogado João Emanuel Moreira Lima era o presidente da Casa.
A decisão foi proferida pela juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, na segunda-feira (19). Como Maksuês já está em liberdade, a juíza determinou que o réu possa apelar nessa condição. .
Conforme investigações do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), do Ministério Público Estadual, o montante das aquisições fraudadas chegou a R$ 1,6 milhão.
Esse valor levantou suspeita dos promotores, considerando que, naquela mesma época, a Prefeitura de Cuiabá havia gastado pouco mais de R$ 671 mil com o mesmo tipo de material para abastecer todas as suas secretarias.
De acordo com os autos, era para Maksuês Leite ter sido penalizado em 12 anos e 5 meses de reclusão e 199 dias-multa, mas teve a pena atenuada porque firmou acordo de delação premiada com o MPE.
Nesse acordo, o Ministério Público se comprometeu em solicitar a redução da pena em 2/3, o que foi acatado pela juíza Selma Arruda.
“Do que se extrai dos autos, ambas as partes cumpriram o acordo, de forma que, sopesas a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social dos fatos criminosos e a eficácia da colaboração, tenho que faz jus à redução de 2/3 da pena”, registrou a a magistrada, na decisão.
Maksuês Leite poderia ainda, como colaborador premiado, obter o perdão judicial, o que foi solicitado por sua defesa. Mas isso não foi possível, segundo a juíza, por conta da gravidade dos crimes que penalizaram a Administração Pública, e por conta da elevada quantia de verbas públicas que foi desviada.
Em sua decisão, Selma Arruda entendeu que o empresário e ex-parlamentar agiu com dolo direto, ou seja, com má fé.
“Seu comportamento foi extremamente reprovável, eis que cedeu sua empresa para a prática de fins escusos, desviando verbas públicas em proveito próprio e alheio”, afirmou.
A juíza também observou que o ex-deputado agiu “unicamente por ganância” e que as consequências dos crimes por ele praticados foram “extremamente graves”, levando em consideração as cifras milionárias de verba pública que foram desviadas e que “deveriam estar sendo aplicadas em prol da sociedade”.
Leia também:
Testemunhas são ouvidas sobre compra suspeita de materiais gráficos
Maksuês Leite e outros 5 viram réus em ação criminal
João Emanuel é denunciado pelo MP por formação de quadrilha; Maksuês Leite por peculato
Benedito costa 25/12/2016
Acho que foi muito pouco a condenaçao desse Maksues. Deveria ficar preso no calabouço da escoria. Espero agora que um cara desse pague aqui fora pouco a pouco com seu sofrimento aos homens de grandes valores.
nilza pires ramos 20/12/2016
Nossa isso pq metia a boca em todo mundo se dizendo o "santo" quanto moralismo e no fim mais um corrupto ...
2 comentários