MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
O superintendente regional do Bic Banco, Luiz Carlos Cuzziol deve ser ouvido nesta quinta-feira (4) pelo juiz federal Jeferson Schneider sobre as investigações da quinta fase da Operação Ararath, realizada pela Polícia Federal em maio deste ano.
O superintendente é investigado devido à acusação do delator do processo, agiota Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça. Ele afirmou em depoimento à Polícia Federal, que tinha uma conta no Bic Banco aberta e usada para fazer empréstimos a pedido de Eder Moraes, que seriam repassados a autoridades e terceiros, no esquema denominado por Eder como ‘sistema’.
As transações são investigadas pela Justiça Federal como parte de um esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.
As investigações apontam que o superintendente do Bic Banco teria facilitado os empréstimos do ‘sistema’.
Como caso do ex-secretário adjunto do Tesouro, Vivaldo Lopes, foi desmembrado, após interrogar Cuzziol, o juiz Jeferson Schnneider pode proferir uma sentença a qualquer momento.
O OUTRO LADO
O advogado Hélcio Correa, que representa a defesa de Cuzziol diz estar confiante que seu cliente será inocentado, diante dos depoimentos das testemunhas de defesa e das regras que gerem o sistema bancário no Brasil, sobre as quais o advogado garante que seu cliente agiu de acordo.
“Até agora tudo que foi denunciado tenho demonstrado exatamente ao contrário. Legalidade em todas as operações . As situações de dúvidas que se apresentaram estão sendo esclarecidas. Como por exemplo a agilidade do banco que não ocorre só nas operações investigadas, mas em todas as operações. Não há nenhum indício de ilegalidade, irregularidade e está se comprovando definitivamente, que um superintendente não tem condições mínimas de decidir sobre quem conceder um crédito, afinal de contas isso pertence a um comitê gestor da qual ele apenas emite um parecer”, declarou.
CONTINUIDADE DA ARARATH
Além do processo da Ararath, que tramita na Justiça, estão em andamento 11 inquéritos da Polícia Federal sobre os mesmos crimes investigados, o que pode gerar outros 11 processos contra os investigados.