MARCIA MATOS
DA REDAÇÃO
Foi prorrogada pela Justiça Federal a fase de interrogatórios do ex-secretário de Fazenda do Estado, Eder Moraes, principal investigado em um suposto esquema de lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro. Ao fim do segundo dia de depoimentos do réu, o juiz federal Jeferson Schneider decidiu, na noite desta sexta-feira (08), continuar o interrogatório do investigado na próxima quinta-feira (14).
De acordo com o advogado Paulo Lessa, que representa a defesa de Eder Moraes, o interrogatório foi estendido porque o juiz julgou necessário esclarecer outros pontos da investigação baseados em análises de documentação.
Em dois dias de depoimento Eder teria respondido ao magistrado e ao Ministério Público Federal 38 questões.
Lessa ainda destacou que seu cliente se colocou à disposição da Justiça para fazer parte de uma acareação junto ao agiota Gércio Marcelino Mendonça Júnior, o Júnior Mendonça, que também é proprietário da rede de postos de combustíveis Amazônia Petróleo, para provar que ambos não teriam uma relação de atos financeiros ilícitos.
Segundo o agiota, em seu depoimento, Eder era o gerente de um ‘sistema’, que usava uma conta da rede de combustíveis de Mendonça, além de empréstimos junto à sua factoring para beneficiar terceiros indicados a mando de Eder Moraes. O esquema teria movimentado cerca de R$ 540 milhões.
A defesa de Eder sustenta que o agiota teria mentido sobre o suposto esquema.
O pedido de acareação, no entanto, ainda não foi formalizado perante a Justiça.