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DA REDAÇÃO
Além do futebol, a construção do Centro Oficial de Treinamento (COT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) beneficiará 26 modalidades do atletismo. Previsto na Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo de 2014, o COT disponibilizará uma estrutura adequada para o treinamento e preparação física dos jogadores das seleções que disputarão a primeira fase da competição na Arena Pantanal. “Este COT da UFMT será um dos maiores legados esportivos da Copa do Mundo para Mato Grosso, pois a estrutura será própria para treinamento e disputa para diversas competições de atletismo”, afirma o superintendente de Infraestrutura da Secopa, André Ferreira.
Segundo o coordenador de esportes da UFMT, Hildebrando Daltro, o Estado sempre teve bons atletas e muitos jovens do interior que estão batendo recordes treinam em pista de terra. “A nossa intenção é fazer do COT da UFMT um centro de excelência que irá beneficiar diversos cursos além de Educação Física, como Medicina, Enfermagem, Nutrição, entre outros. Não podemos perder nossos atletas para outros estados por causa de estrutura”, afirma Daltro.
Essa realidade está prestes a mudar e boas notícias já estão surgindo, como o lançamento de um projeto social esportivo voltado para crianças e adolescentes com idades entre 6 a 18 anos, em parceria com a UFMT, Exército e uma escola privada. Patrocinada pela Caixa Econômica Federal, a iniciativa possibilitará um acompanhamento e desenvolvimento ideal para atletas regionais já premiados nacionalmente, além de descobrir novos talentos.
A ideia é de um casal de atletas que retorna a Cuiabá após um período de 20 anos longe da capital. A mato-grossense Maria Aparecida Souza Lima, atleta olímpica e ex-integrante da seleção brasileira, e o seu esposo, também atleta olímpico, Vicente Lenilson de Lima, medalha de prata nas Olímpiadas de Sidney (2000), estão confiantes nos bons resultados que serão colhidos.
A decisão de fixar residência na capital mato-grossense, com a transferência de um projeto social esportivo no município de Bragança Paulista (SP), ocorreu depois da confirmação da construção da pista de atletismo do COT da UFMT.
De acordo com Lima, o projeto no COT da UFMT tem todas as condições de formar atletas premiados para campeonatos brasileiros e internacionais, incluindo Pan-Americanos, Mundiais e Olimpíadas. “A nossa meta inicial é atender mais de 120 jovens aprendizes a partir de março de 2014 com a iniciação e, após os jogos da Copa do Mundo, começar os treinamentos no COT. Nós dois somos formados em Educação Física e queremos descobrir novos talentos de atletismo em Mato Grosso”, afirma o medalhista de Sidney.
Em relação ao projeto do COT da UFMT, Vicente fala da sua experiência em competições internacionais e o compara à estrutura de Sidney, na Austrália. “Eu já viajei os quatros cantos do mundo e fiquei em vários centros de treinamentos e, de acordo com projeto do COT da UFMT, a estrutura da pista será de alto padrão de qualidade não deixando a desejar das principais pistas internacionais, achei até parecido com o de Sidney”, observou o atleta.
PISTA SINTÉTICA
A pista de atletismo que será construída no Centro Oficial de Treinamento em Cuiabá terá o sistema Regupol, que consiste em uma manta pré-fabricada de borracha e superfície em composto de resina de poliuretano (PU), com grânudo de borracha de EPDM (borracha de etileno-propileno-dieno).
O sistema escolhido para a pista é considerado moderno e de alto rendimento. Ecologicamente sustentável, pois reaproveita pneus usados, o material é resistente, de fácil manutenção e baixo custo.
Segundo o superintendente de Infraestrutura da Secopa, a superfície da pista é antiderrapante, minimizando os riscos de lesões, além da excelente absorção de impactos. O sistema de construção da pista de atletismo adotado pelo projeto do COT é aprovado pela AssociaçãoInternacional de Federações de Atletismo (IAAF) e da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAT).
Com capacidade para 1.500 torcedores, o COT terá um campo de futebol, uma pista de atletismo, vestiário, sala de fisioterapia, arquibancadas, camarotes, lanchonete e torres de apoio. O projeto atende aos padrões NBR 9050 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que asseguram a acessibilidade para idosos, obesos, cadeirantes, deficientes auditivos e visuais.