DA REDAÇÃO
Reportagem exposta na noite desta sexta-feira (20) pelo telejornal de maior audiência do país, o Jornal Nacional da Rede Globo, trouxe o resultado de uma auditoria realizada pela Controladoria Geral de Mato Grosso que encontrou problemas em 14 obras para a Copa do Mundo em Cuiabá e Várzea Grande.
O levantamento apontou que mesmo sete meses após o Mundial, algumas obras sequer ficaram prontas e outras apresentam diversos problemas estruturais. Entre os problemas apontados pelo relatório estão: Inexistência de Projeto executivo; inexistência de cronograma e execução; inexistência de projeto de desapropriação e nítidos problemas na qualidade das obras.
Os dados questionam, inclusive, a segurança das obras. Em reportagem feita em Cuiabá, a jornalista Eunice Ramos relembrou que o VLT começou a ser construído em junho de 2012, e a previsão era que ficasse pronto em junho de 2014, antes do início da Copa do Mundo. No entanto, até agora apenas 16% do modal foi concluído e o consórcio responsável pela obra já recebeu mais de R$ 1 bilhão, sendo que o valor total do VLT era de R$ 1,477 bilhão.
De acordo com o Governo do Estado ainda serão necessários mais R$ 500 milhões para concluir a mais importante e mais cara obra de mobilidade urbana de Mato Grosso. De acordo com o secretário de Projetos Estratégicos Gustavo Oliveira, o Governo tem o montante, no entanto haveria outras prioridades.
A reportagem expôs também a interdição do Viaduto da Sefaz, que há seis meses está bloqueado e deve permanecer mais sete meses em fase de adequações por falhas em sua estrutura. Os Centros de Treinamentos (COT´s) também não foram concluídos e as obras estão abandonadas.
Os Ministérios Públicos Federal e Estadual de Mato Grosso entraram com uma ação contra o ex-governador Silval Barbosa, do PMDB, pelos prejuízos com a obra inacabada do VLT.
O ex-governador disse que a entrega foi adiada por dificuldades no projeto e o consórcio responsável pela obra afirmou que o atraso foi causado pela demora no pagamento e na liberação de terrenos.
O atual governador Pedro Taques, do PDT, disse que vai cobrar na Justiça a devolução do dinheiro gasto a mais e que não há prazo para a conclusão dos centros de treinamento.
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