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Cuiabá, 02 de Janeiro de 2025
02 de Janeiro de 2025

30 de Dezembro de 2024, 13h:52 - A | A

OPINIÃO / SORAYA MEDEIROS

Onde o coração está quentinho é onde a gente quer ficar!

SORAYA MEDEIROS



Alguns lugares no mundo não são feitos apenas de paredes e teto; são construídos com sensações, lembranças e laços profundos. São os espaços onde o coração se aquece e sentimos que encontramos nosso lar. Esses refúgios, tão preciosos quanto raros, não precisam de luxo nem de grandes dimensões – basta que nos envolvam em conforto e segurança, como um abraço invisível que alivia a alma.

O coração "quentinho" transcende o físico. É o cheiro do café que desperta memórias, a risada que ecoa em nosso peito, ou a tranquilidade de momentos simples que nos reconectam com a vida. É o lugar onde podemos ser nós mesmos, onde o caos externo não invade e onde tudo parece estar no seu devido lugar.

Mas há algo ainda mais especial do que qualquer espaço físico: o verdadeiro amor. Quando o encontramos, é como descobrir o ponto exato onde o coração quer morar. O amor verdadeiro transforma uma simples presença em um lar, em um porto seguro. Ele é o olhar que acolhe, o toque que cura, a presença que nos faz sentir que, finalmente, estamos exatamente onde deveríamos estar. Esse amor não exige perfeição, mas celebra quem somos, oferecendo aceitação e calor. 

Para encontrar esse "lugar quentinho", é essencial primeiro voltar-se para dentro. O autoconhecimento é a base de tudo: ao entender quem somos, o que valorizamos e o que nos faz bem, nos tornamos capazes de identificar os espaços e as pessoas que aquecem nosso coração. Sem essa conexão interior, corremos o risco de buscar conforto nos lugares errados ou nas pessoas erradas, distanciando-nos de nossa essência. Conhecer a si mesmo é reconhecer os caminhos que levam ao nosso porto seguro. 

Encontrar um "lugar quentinho" é maravilhoso, mas mantê-lo exige cuidado e dedicação. Cultivar os laços afetivos e investir em relacionamentos saudáveis é essencial para que esse espaço continue sendo um refúgio. O amor, seja entre parceiros, amigos ou familiares, precisa de diálogo, empatia e reciprocidade para florescer. Pequenos gestos diários, como ouvir com atenção, expressar gratidão e respeitar as diferenças, são o combustível que mantém o calor vivo. Afinal, um lar emocional é construído com esforço conjunto e genuína vontade de nutrir o que é bom. 

Vivemos em um mundo que, muitas vezes, nos empurra para longe de nós mesmos. Pressões externas, expectativas alheias e a correria do cotidiano podem nos fazer esquecer do que realmente importa: estar em paz com quem somos e onde estamos. Escolher ficar onde o coração se aquece é um ato de cuidado consigo mesmo. É valorizar o que nos nutre, priorizar os laços que fortalecem e criar um ambiente de amor e acolhimento ao nosso redor.

E se o calor daquele lugar especial se perder? Não há problema. A vida é feita de ciclos, e o coração é resiliente. Sempre haverá novos refúgios a serem descobertos, novas pessoas a nos aquecer, e novos momentos a serem vividos. Mas quando encontramos o verdadeiro amor – seja em outra pessoa, em nós mesmos ou em um propósito – ele se torna a bússola que guia nossos passos de volta para casa. 

Estar onde o coração está quentinho é mais do que uma escolha; é uma necessidade. É onde encontramos amor, paz e pertencimento. Seja em um lar físico, ao lado de quem amamos, ou na construção de uma vida que reflete nossos valores, o "lugar quentinho" é o destino que todos buscamos. E quando o encontramos, sabemos: é ali que queremos ficar, porque é ali que somos verdadeiramente felizes.

Soraya Medeiros é jornalista com mais de 22 anos de experiência, possui pós-graduação em MBA em Gestão de Marketing. É formada em Gastronomia e certificada como sommelier.

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