DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
A Câmara de Cuiabá aprovou, por maioria dos votos, na manhã desta terça-feira (05), a abertura de um novo processo de cassação contra a vereadora Edna Sampaio (PT) por apropriação da Verba Indenizatória (VI) de sua ex-chefe de gabinete no ano de 2022. O placar da votação ficou em 16 favoráveis à abertura das investigações, 5 contrários e 2 ausências.
Na semana passada, o Legislativo municipal recebeu dois novos pedidos de cassação contra a vereadora. Os documentos foram lidos no último dia 27, pela Comissão de Ética e encaminhados ao Plenário.
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As novas denúncias afirmam que as acusações contra Edna são gravíssimas e não podem ficar impunes. A petista admitiu, durante oitiva na Comissão realizada no ano passado, que todas as suas chefes de gabinete foram orientadas a devolver a verba indenizatória, o que seria incompatível com a natureza do cargo de vereadora.
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Edna justificou ainda que o dinheiro seria utilizado para custeio de seu mandato.
No ano passado, Edna Sampaio chegou a ser cassada pelos demais vereadores, mas conseguiu reverter a decisão na Justiça alegando que não foi cumprido o prazo regimental de 90 dias.
Agora, após a leitura do documento no plenário da Casa de Leis, na próxima sessão ordinária, passará a correr o prazo de 90 dias para que o Legislativo realize oitivas, ouça a vereadora e testemunhas, tanto de defesa quanto de acusação e decida pela cassação ou não da parlamentar.
Escolha de integrantes da comissão processante
Nesta terça-feira, o presidente da Câmara, vereador Chico 2000 (PL) sorteou os vereadores que devem compor a Comissão responsável pelas investigações do caso.
No sorteio, foram escolhidos os vereadores Sargento Vidal (MDB), Eduardo Magalhães (Republicanos) e Cezinha Nascimento (União Brasil).
Vidal foi o escolhido para presidir as investigações. Eduardo Magalhães será o relator do processo.
Ao RepórterMT, Vidal explicou que ainda nesta semana deverá definir a estratégia de trabalho da Comissão de Ética.
"Vamos definir logo no início as datas de todos os procedimentos para que depois ninguém alegue que não estava sabendo de nada", declarou.