facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 21 de Outubro de 2024
21 de Outubro de 2024

21 de Outubro de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / PACOTE ANTIFEMINICÍDIO

Cattani: "Achei magnífica a aprovação, agora temos que aumentar a pena para o homicida"

A filha do deputado, Raquel Cattani, foi vítima de feminicídio e a família aguarda o julgamento do caso.

VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT



O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) parabenizou a senadora Margareth Buzetti (PSD) pela Lei n° 4.266/2023, intitulada Pacote Antifeminicídio e sancionada no último dia 9, que aumenta para até 40 anos a pena para o crime de feminicídio. O parlamentar, que viveu recentemente o drama de ter a filha, Raquel Cattani, morta pelo o ex-marido, comemorou o endurecimento das penas e revelou o desejo de ter leis mais severas para todos os tipos de crimes.

LEIA MAIS: Projeto de Buzetti que impõe pena de até 40 anos para crime de feminicídio é sancionado

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

Eu achei magnífica e eu gostaria que fosse para todas as pessoas, não só para o feminicida. Nós temos que aumentar a pena pro homicida, pro assassino, pra tudo. Você não pode tirar a vida de uma pessoa. Se você tirar a vida de uma pessoa, você destrói famílias, destrói lares, destrói muitas vidas em uma só”, disse o deputado à imprensa.

Antes da aprovação do Pacote Antifeminicídio, as penas para os criminosos que assassinavam mulheres variavam entre 12 a 20 anos.

O projeto foi apresentado em 2023, após a explosão de feminicídios ocorridos em todos o Brasil e principalmente em Mato Grosso. Ele foi aprovado com requerimento de urgência nas Comissões de Constituição de Justiça (CCJ) e Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO) do Senado Federal, na Câmara e sancionado sem vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Gilberto Cattani aguarda ainda o julgamento do caso de sua filha, que morreu no dia 18 de julho deste ano, e disse não ter ideia de quando isso vai acontecer, evidenciando uma demora por parte da Justiça brasileira e a pouca efetividade das leis brasileiras.

LEIA MAIS: Ex-marido é preso por mandar assassinar Raquel Cattani

Ele aproveitou a ocasião para relembrar também a chacina que aconteceu em Sorriso, em novembro do ano passado, quando Cleci Calvi Cardoso, 46 anos, e as filhas Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, respectivamente com 19,13 e 10 anos, foram estupradas e mortas pelo pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, que trabalhava em uma construção ao lado da casa da família. O caso ainda não foi julgado.

LEIA MAIS: Assassino invadiu casa pela janela do banheiro e estuprou e matou mãe e três filhas

A chacina de Sorriso até hoje não foi julgada, isso nos deixa um vácuo. Ninguém tá nem aí paras as vítimas, todo mundo se preocupa em defender o vagabundo, então é muito difícil. As leis do nosso país são frouxas, são baixas, são inúteis e nunca defendem a vítima. Só defendem o vagabundo, o meliante, o assassino, o bandido”, ressaltou.

Comente esta notícia