VANESSA MORENO
DO REPORTÉR MT
O governador Mauro Mendes (União) avaliou como negativas as tarifas recíprocas sobre importações impostas pelo presidente dos Estados Unidos Donald Trump. Para Mauro, a medida, que foi anunciada nessa quarta-feira (02), está deixando o mundo assustado.
As tarifas variam entre 10% e 50%, sendo que o percentual do Brasil ficou fixado na taxa mínima de 10%.
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“Os movimentos que o presidente americano faz estão deixando o mundo assustado. Essa taxação vai aumentar o custo de vida em diversos países do mundo. É ruim para o cidadão, para o consumidor americano e, provavelmente, em várias partes do planeta”, disse Mauro Mendes.
Por outro lado, o chefe do Executivo estadual acredita que Mato Grosso será capaz de vencer essa dificuldade através da força do agronegócio.
“O Estado de Mato Grosso tem uma economia extremamente competitiva, o nosso agro ele faz comércio com centenas de países ao redor do planeta, mesmo com algumas turbulências, mas eu tenho convicção que a força, a competência das nossas exportações e daqueles que atuam nesse setor, serão capazes de vencer essa dificuldade”, avaliou.
As tarifas recíprocas impostas por Trump já ficaram conhecidas no Brasil como “Tarifaço de Trump” e consiste na cobrança de um percentual dos países que taxam produtos norte-americanos. Mais de 180 países e territórios, além da União Europeia, foram afetados. O território francês Pierre e Miquelon e o país africano Lesoto, por exemplo, foram taxados com o percentual máximo de 50%, pois cobram 99% dos EUA.
A China cobra 67% dos Estados Unidos e teve a tarifa recíproca fixada em 34%.
O Canadá e o México escaparam da lista, mas já são sujeitos a taxas de até 25% sobre a importação de muitos produtos.
No Brasil, as tarifas recíprocas de 10% serão aplicadas a partir do dia 5 de abril.
Donald Trump chamou o anúncio da taxação como “Dia da Libertação” e vê a estratégia como uma forma de fortalecer a indústria norte-americana.
Mauro Mendes, no entanto, acredita que o aumento de impostos pode prejudicar o consumidor final e teme uma possível retaliação dos países taxados e uma inflação global.
“Se o americano aumenta os impostos, o consumidor americano vai pagar um produto mais caro. Se os países, em retaliação à atitude dos Estados Unidos, aumentam impostos de importação, isso seguramente pode gerar uma inflação global”, ressaltou.
Em um comparativo com o situação fiscal internacionall, o governador aproveitou para destacar a sua estratégia de redução de impostos para beneficiar os consumidores mato-grossenses e a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 17% aplicada em Mato Grosso, que é uma das menores do país.
“Olha, se os governos aumentam impostos, seguramente esses impostos vão para os preços. Por isso que aqui em Mato Grosso nós reduzimos impostos. Por isso que aqui em Mato Grosso nós não elevamos o chamado “imposto da blusinha”. Mato Grosso tem hoje 17% de ICMS, que é o menor ICMS entre todos os estados brasileiros. Porque imposto vai para o preço e quem paga o preço de qualquer produto é o consumidor final”, concluiu.
