APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) disse que deverá ficar frente a frente com o ex-genro, Romero Xavier, preso por ter mandado matar a produtora rural Raquel Cattani, em julho deste ano. Eles deverão participar de uma audiência de conciliação para tratar da guarda dos filhos que Xavier teve com Raquel, sua ex-esposa.
“Nós pedimos a guarda dos meus netos, que estão sem mãe e sem pai, ficaram órfãos. Aí essa semana foi marcada uma audiência, na próxima semana agora, uma audiência de conciliação com o camarada. Como que isso é possível? O cara matou a mãe deles e vamos fazer uma audiência de conciliação”, disse o deputado, que não escondeu sua revolta.
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Raquel Cattani foi morta na noite de 18 de julho, dentro de sua chácara, na zona rural de Nova Mutum. O assassino, seu ex-cunhado, Rodrigo Xavier, confessou a autoria do crime e disse ter recebido R$ 4 mil do irmão, Romero. Antes de fugir, ele fez parecer que a casa tinha sido invadida, para despistar os investigadores. Mandante e executor foram presos em 24 de julho.
Cattani disse que Romero não fez nenhum pedido com relação à guarda dos filhos e, por isso, não entende qual é a necessidade da realização da audiência. Será a primeira vez que os dois se encontrarão desde a prisão do mandante.
“Eu não sei como é que vai ser esse troço, mas eu fico nervoso só de falar”, disse o deputado.
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Cattani ainda criticou a legislação brasileira que, conforme o parlamentar, serve apenas para proteger o criminoso e não resguarda os interesses das vítimas.
“Aquela chacina de Sorriso, por exemplo, até hoje não foi julgada, entendeu? Isso nos deixa num vácuo, entendeu? Ninguém tá nem aí para as vítimas, todo mundo se preocupa em defender o vagabundo. Então é muito difícil”, afirmou.
“Às vezes no nosso país, e nessa parte do governador tá certo, hoje eu vi uma fala dele, as leis nosso país são frouxas, são baixas, são inúteis e nunca defendem a vítima, só defendem o vagabundo, o meliante, o assassino, o bandido. Então nós temos que mudar a legislação como um todo, mas isso também infelizmente não podemos fazer aqui no estadual. Tem que ser Federal”, concluiu.
Ana 18/10/2024
Pena de morte pra feminicídio
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