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Cuiabá, 18 de Outubro de 2024
18 de Outubro de 2024

10 de Abril de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / "ESTARRECEDORA"

Chefe do MP critica decisão da Justiça Federal que soltou traficantes e cobra legislação mais severa

Dupla de criminosos foi presa no sábado (6) e conseguiu a liberdade no domingo (7). Outro juiz revogou essa decisão e os mandou de volta pra cadeia.

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



O procurador-geral de Justiça Deosdete Cruz Júnior classificou como "estarrecedora" a decisão juiz Guilherme Mechelazzo Bueno, da Vara de Federal de Cáceres (212 km de Cuiabá), que havia determinado a soltura de Rosivaldo Herrera Poquiviqui e Marcos Antônio Rodrigues Lopes, presos transportando mais de 400 quilos de drogas no último final de semana.

“É uma decisão que deixa todos estarrecidos. A sociedade não aceita mais que pessoas envolvidas neste tipo de crime ganhem as ruas com tanta facilidade. Estarrece a todos", declarou chefe do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT).

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A dupla foi presa no sábado (06) transportando 420 kg de cloridrato de cocaína e maconha na rodovia estadual MT-265, em Porto Esperidião, região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia. O flagrante foi feito pela força-tarefa do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), Polícia Federal, Exército e Agência Nacional de Inteligência (Abin).

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Poucas horas após a prisão, o juiz federal declarou que a dupla é pobre, "não tinha intenção de ser criminosa" e apenas quis aproveitar oportunidade de dinheiro fácil. Com isso, determinou a soltura dos criminosos.

Deosdete defendeu a criação de uma legislação mais severa para punir criminosos no país.

"Nós precisamos, volto a dizer, insisto nessa tecla, de uma legislação mais rígida, sobretudo com crimes hediondos e assemelhados”, acrescentou.

Liberdade revogada

O juiz Francisco Antônio de Moura Júnior, da Primeira Vara Federal de Cáceres (212 km de Cuiabá), revogou a decisão do juiz federal Guilherme Mechelazzo Bueno, que havia determinado a soltura dos traficantes. Com isso, eles foram presos novamente.

A revogação da prisão ocorreu após o caso ter ganhado grande repercussão, pois a soltura foi duramente criticada até pelo governador Mauro Mendes (União Brasil). Segundo ele, é frustrante investir tanto em segurança pública e ver traficantes soltos.

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