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Cuiabá, 23 de Outubro de 2024
23 de Outubro de 2024

23 de Outubro de 2024, 12h:10 - A | A

PODERES / CASO ZAMPIERI

CNJ mantém afastado juiz suspeito de integrar esquema de venda de sentenças em MT

Investigação foi desencadeada após apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado em Cuiabá.

DO REPÓRTER MT



O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu manter o afastamento do juiz Ivan Lúcio Amarante, da Comarca de Vila Rica, após ter sido apontado como integrante de um esquema de venda de sentenças em ações de conflitos de terras, relacionados ao “Caso Zampieri”. A decisão foi proferida nessa terça-feira (22).

O processo que resultou no afastamento de Ivan tramita em segredo de Justiça. A investigação foi desencadeada após apreensão do celular do advogado Roberto Zampieri, morto em dezembro do ano passado em Cuiabá.

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Em junho do ano passado, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) havia protocolado um pedido de providências no CNJ contra o juiz.

De acordo com o presidente do CNJ e do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a decisão se baseia "numa incomum proximidade entre o magistrado e um falecido advogado, e uma suspeita razoavelmente fundada de que recebia vantagens indevidas".

Ivan Lúcio é o terceiro magistrado afastado por suposto envolvimento no esquema investigado. Em agosto deste ano, os desembargadores João Ferreira e Sebastião Moraestambém foram afastados do cargo por suspeita de envolvimento nesse mesmo esquema de venda de sentença.

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Caso Zampieri

Conforme a Polícia Civil de Mato Grosso, Roberto Zampieri foi morto a mando do fazendeiro Aníbal Laurindo, mas o Ministério Público ainda apura se o crime tem relação com o esquema de venda de sentenças.

Informações obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri foram responsáveis pelo afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.

As mensagens extraídas do aparelho apontaram “uma amizade íntima” entre os três. Foi descoberto também que os magistrados recebiam de Zampieri vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgar recursos que atendessem aos interesses dele.

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