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Cuiabá, 07 de Julho de 2024
07 de Julho de 2024

04 de Junho de 2024, 15h:57 - A | A

PODERES / ESQUEMA DE RACHADINHA

Comissão aprova relatório pela cassação de Edna Sampaio; Plenário deve votar na 5ª feira

A petista optou por não apresentar defesa e pode perder o mandato.

APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT



A comissão processante aberta pela Câmara Municipal de Cuiabá para apurar a suposta prática de “rachadinha” pela vereadora Edna Sampaio (PT) aprovou, nesta terça-feira (04), o relatório pela cassação do mandato da parlamentar. O relatório deve ser apreciado pelos demais vereadores em plenário na sessão da próxima quinta-feira (06).

Em decisão unânime, os vereadores Sargento Vidal (MDB), Eduardo Magalhães (Republicanos) e Cezinha Nascimento (União Brasil) consideraram que a denúncia contra Edna, de ter obrigado a ex-chefe de gabinete a devolver a verba indenizatória de R$ 5 mil mensais que recebia como parte dos seus vencimentos, tem fundamento.

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"Não tenho prazer nenhum em votar pelo afastamento de um colega nessa Casa, mas não tinha o que fazer. A vereadora Edna abriu mão da sua defesa [...] Ela simplesmente não apareceu, mesmo com muitas provas contra ela. Como vou fazer um relatótio diferente?", questionou o relator, Eduardo Magalhães. 

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As devoluções da verba indenizatória teriam ocorrido nos quatro meses em que Laura Abreu ocupou o cargo. Mensagens e áudios foram vazados para a imprensa e mostram que até o marido de Edna, Willian Sampaio, fazia uma espécie de cobrança para que Laura não se esquecesse de devolver o dinheiro, que era depositado em sua conta pessoal. Laura foi demitida por estar grávida e por conta disso a Câmara Municipal teve que pagar uma indenização de R$ 70 mil.

Edna decidiu não apresentar defesa e também não compareceu a nenhuma das reuniões da comissão. Por duas vezes ela tentou anular a comissão na Justiça, mas ambos os recursos foram negados.

Essa é a segunda vez que a parlamentar responde a processo por supostamente praticar o crime de peculato. Em outubro de 2023, Edna foi cassada por unanimidade. A decisão foi revista semanas depois pela Justiça, que entendeu que não foi respeitado o prazo regimental de 90 dias para conclusão dos trabalhos da comissão.

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Na época, Edna chegou a prestar depoimento à Comissão de Ética e disse que entendia que não havia nenhuma lei ou norma no regimento interno da Câmara que a impedisse de se apropriar da verba indenizatória das chefias de gabinete e afirmou que fez a mesma coisa com todas com quem trabalhou ao longo do seu mandato.

Na atual legislatura, além de Edna, que conseguiu rever a cassação, também perdeu o mandato o vereador Marcos Paccola, que matou a tiros o agente do sistema socioeducativo Alexandre Miyagawa. O crime ocorreu em 2022.

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