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Cuiabá, 23 de Setembro de 2024
23 de Setembro de 2024

23 de Setembro de 2024, 16h:33 - A | A

PODERES / DENUNCIADO PELA EX

Deputado preso em blitz diz que mulheres usam medidas protetivas para “extorquir” maridos

Hugo Garcia foi acusado de agressão pela ex-mulher, mas insinuou que ela só queria um acordo de divórcio que fosse vantajoso.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



O deputado estadual Hugo Garcia (Republicanos) disse, nesta segunda-feira (23), que algumas mulheres usam as medidas protetivas expedidas pela Justiça para “extorquir” seus ex-maridos. Hugo foi alvo de medida protetiva depois de ser acusado pela ex-esposa do crime de ameaça. Ele é o mesmo parlamentar que foi flagrado dirigindo com sinais de embriaguez na Avenida Beira Rio, em Cuiabá, na madrugada de domingo (22).

“Essa lei tem que ser levada muito à risca, mas tem pessoas usando ela de uma forma muito errada. Tem pessoas se aproveitando disso e extorquindo os maridos. Então tem que se analisar bem o que está sendo feito, porque a palavra da mulher é a palavra da mulher. Acabou. Se ela falar que eu bati nela e eu não relei a mão nela, eu sou preso. É isso”, disse em entrevista à rádio Cultura FM.

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Conforme o deputado, que é suplente e está no cargo há menos de uma semana, ele foi casado com a ex-companheira por 21 anos e, quando ela decidiu que queria se divorciar e levar os filhos com ela, procurou uma delegacia, prestou queixa e pediu uma medida protetiva.

“Ela fez uma medida protetiva falando de violência psicológica, violência financeira, todas aquelas coisas que colocam, e foi na delegacia e pediu (a medida protetiva). Eu entendi porque ela fez isso no momento, porque ela estava querendo se separar e a gente estava naquela discussão se separa ou não separa. E ela, para poder levar os filhos e até para eu não acusá-la de sequestro dos meus filhos, ela tinha que fazer uma medida protetiva”, afirmou.

Conforme Hugo Garcia, dez minutos depois de assinar o acordo de divórcio, “do jeito que ela queria, do jeito que o advogado dela queria”, ela comunicou à Justiça que abriria mão da medida protetiva.

“A gente está levantando algumas situações e, no momento oportuno, a gente vai mostrar bem certinho”, disse, indicando que pretende acionar a ex-mulher na Justiça.

A versão do parlamentar diverge do que foi relatado à polícia.

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Em fevereiro deste ano, o RepórterMT divulgou o caso. Em outubro de 2022, a sua ex-esposa, identificada pelas iniciais N. C. G., teria descoberto uma série de traições de Hugo e pedido o divórcio, mas ele teria se recusado a se separar e ainda a agredido com socos e tapas.

O caso se arrastou até que, em 18 de dezembro do ano passado, ela procurou a polícia para denunciar que vinha sendo agredida moral e psicológicamente pelo companheiro. No dia anterior ao registro da denúncia, conforme relatou, ela pediu novamente o divórcio por estar cansada das agressões, que teriam chegado a ser físicas, conforme relato feito à polícia, mas Hugo teria novamente a ameaçado.

“Para a gente se separar, vai ser só se você morrer”, teria dito Hugo, segundo ela. "Você está destruindo nossa família", acrescentou.

No dia 19 de dezembro de 2023, foi a vez do pai de N. C. G. procurar a polícia, após ser ameaçado por Hugo Henrique Garcia. "Eu vou te matar, seu velho safado", teria dito, conforme a denúncia.

Preso na Operação Lei Seca

Hugo Garcia foi preso durante a Operação Lei Seca, realizada na Avenida Beira Rio, em Cuiabá. Segundo o boletim de ocorrência, o parlamentar estava conduzindo um veículo Porsche Cayenne com "odor de álcool no hálito" e olhos vermelhos, conforme observado pela equipe de fiscalização.

A prisão de Hugo Henrique foi em flagrante, já que um capitão e um soldado da Polícia Militar viram o momento em que ele tentou trocar de lugar com um passageiro pouco antes de se aproximar da blitz. Assim que foram abordados, o parlamentar apresentava sinais indicativos de capacidade psicomotora alterada como olhos vermelhos e hálito alcoólico, além de agressividade, exaltação e dificuldade de equilíbrio.

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O deputado foi convidado a realizar o teste do bafômetro, porém recusou. Diante disso, ele foi preso em flagrante e encaminhado à Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito (Deletran) para as devidas providências.

A natureza do boletim foi registrada da seguinte forma: "Conduzir veículo automotor sob a influência de álcool ou substância psicoativa".

Em entrevista à Cultura FM ele desmentiu o boletim de ocorrência e as informações prestadas pelos policiais que atuavam na Operação Lei Seca e afirmou que vai provar que fala a verdade.

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