Emanuel ignora determinação de tribunal e manda coronel impedir início de obra do BRT; prefeito ainda sonha com VLT

Reprodução / Luiz Alves

Coronel Sales fez uma "visita" na obra comandada pelo Governo de MT

DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), continua sonhando com o VLT e, hoje, determinou que o secretário de Ordem Pública, Coronel Leovaldo Sales, impedisse a equipe que iniciou as obras de implantação do Bus Rápid Transport (BRT), na Avenida Historiador Rubens de Mendonça (AV do CPA), de continuar os trabalhos. Ele exigiu licenças ambientais, contratos e outros documentos.

Sales deu um prazo de 48 horas para que a documentação seja apresentada pelo Consórcio BRT, que venceu a licitação, sob ameaça de embargar a obra. Só que não há o que embargar. 

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"A Prefeitura hoje notifica a empresa que ganhou a licitação, o Consórcio BRT, que já começa os serviços preliminares na região, fazendo a remoção de terra, derrubada das edificações desapropriadas e a prefeitura cumpre um dever administrativo, de fazer a fiscalização", afirmou.

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"Estamos solicitando também cópia do contrato da empresa que ganhou a licitação para entendermos o tamanho das obras que irá realizar ao governo, para orientar as futuras ações que a prefeitura deve ter", disse. 

A medida é uma tentativa 'desesperada' de Emanuel Pinheiro impedir a implantação do modal defendido pelo Governo de Mato Grosso, já que ele ainda tenta angariar "aliados" em Brasília para viabilizar o VLT (Veículo Leve sob Trilhos), ao custo de R$ 5 bilhões. 

IGNORANDO O TCE

O Tribunal de Contas do Estado (TCE) proibiu Emanuel Pinheiro de interferir na implantação do BRT em Cuiabá, em decisão do dia 2 de janeiro. O prefeito recorreu e, ao julgar o recurso, o Tribunal manteve a proibição, citando o "inconformismo" do gestor. Ainda assim, Emanuel tem ignorado as determinações e tenta protelar o máximo possível a instalação do modal.

Questionada sobre a ameaça de embargo feita pela Prefeitura, a Secretaria de Infraesterutura do Estado (Sinfra) afirmou que a obra nem sequer começou ainda e, por isso, não há nada para ser embargado.

Nesta quarta-feira (17), às 15h, haverá uma reunião na sede das Promotorias de Justiça de Cuiabá, com a participação de representantes do Estado, do Consórcio BRT e técnicos do município de Cuiabá para discussão sobre o tema.