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Cuiabá, 26 de Novembro de 2024
26 de Novembro de 2024

26 de Novembro de 2024, 07h:42 - A | A

PODERES / SUPOSTA VENDA DE SENTENÇAS

Polícia Federal faz buscas em gabinetes e casas de desembargadores do TJMT

Outro local que também está sendo alvo da PF é o escritório do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023.

FERNANDA ESCOUTO
APARECIDO CARMO



A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (26) uma operação tendo como alvo os desembargadores afastados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), João Ferreira Filho e Sebastião de Moraes Filho.

Os magistrados são suspeitos de participarem de um esquema de venda de sentenças.

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Segundo a apuração do Repórter MT, a polícia cumpre mandados na casa e no gabinete dos dois desembargadores. A ordem das buscas partiu do ministro Cristiano Zanin, do STF, e o processo corre em segredo de Justiça. 

Outro local que também está sendo alvo da PF é o escritório do advogado Roberto Zampieri, assassinado em dezembro de 2023.

Leia mais: Polícia Federal cumpre mandado no escritório de Zampieri; veja o vídeo

João Ferreira e Sebastião foram afastados em agosto deste ano. A decisão, que partiu do corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a instauração de reclamações disciplinares contra os dois magistrados, além da quebra dos sigilos bancário e fiscal dos investigados e de servidores do TJMT, referente aos últimos cinco anos.

Conforme as informações divulgadas, foram identificados indícios de que os dois desembargadores mantinham uma amizade íntima com o advogado Roberto Zampieri e que receberiam dele vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgar recursos que atendessem aos interesses dele.

O corregedor nacional apontou também que “em paralelo com a incomum proximidade entre os magistrados e o falecido Roberto Zampieri”, os autos sugerem “efetivamente, a existência de um esquema organizado de venda de decisões judiciais, seja em processos formalmente patrocinados por Zampieri, seja em processos em que o referido causídico não atuou com instrumento constituído, mas apenas como uma espécie de lobista no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso”.

A decisão se fundamenta nas conversas obtidas a partir do telefone celular do advogado Roberto Zampieri, que foram remetidas ao CNJ. Trechos vazados pela imprensa mostraram inclusive que o advogado teria enviado uma foto de barras de ouro para o desembargador Sebastião de Moraes Filho.

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