KARINE ARRUDA
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTER MT
Apesar de considerar que o atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), está "colocando o pé no freio" na gestão da saúde pública, o secretário estadual da pasta, Gilberto Figueiredo, descartou a possibilidade de uma nova intervenção no município. Isso, porque o prefeito eleito Abilio Brunini (PL) assumirá o comando da cidade em menos de um mês.
“Nem os órgãos de controle e tampouco o governo do Estado cogitam uma nova intervenção. Tem um prefeito eleito que vai assumir a gestão daqui a alguns dias e eu acho que não ‘cai’ bem, nesse momento, discutir. Seria pouco resolutiva uma intervenção”, afirmou o secretário.
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O apontamento foi feito na segunda-feira (9), após uma reunião emergencial convocada pelo presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Eduardo Botelho (União). Além da participação do secretário, o evento também contou com a presença do presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), conselheiro Sérgio Ricardo.
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Na última semana, Gilberto e o governador do Estado, Mauro Mendes (União), levaram ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) um conjunto de inconsistências na Saúde de Cuiabá. Segundo o documento, entre as falhas estavam a falta de especialidades médicas no âmbito do Hospital São Benedito, redução de equipes, ausência de materiais/insumos no âmbito do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), inconstância na realização de procedimentos eletivos e constante solicitação de transferência à rede estadual por ausência de resolutividade.
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Para o secretário, o caos que está acontecendo na Saúde da Capital nas últimas semanas está relacionado ao fim da gestão do atual prefeito, que estaria colocando o “pé no freio” no atendimento das demandas.
“Quando começam a paralisar os serviços, rodar menos os leitos dos hospitais, parar as cirurgias e faltar os medicamentos é para colocar o ‘pé no freio’ no final do exercício”, pontuou.
No dia 28 de novembro, o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), deferiu o pedido do MPMT e determinou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) analise, “com a maior brevidade possível”, as inconsistências apontadas pelo governo do Estado em relação à prestação dos serviços de Saúde em Cuiabá.