DAFFINY DELGADO
APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Após se posicionar contra o Projeto de Lei 1904/24, conhecido como PL Antiaborto, que tem como objetivo equiparar o aborto mesmo em casos de estupro ao crime de homicídio, a deputada federal Gisela Simona (União) disse que a castração química poderia ser uma saída para combater os crimes de abuso sexual contra mulheres e crianças no Brasil.
Um Projeto de Lei, que está em tramitação na Câmara dos Deputados desde 2020, prevê o aumento da pena para predadores sexuais e ainda a castração química para inibir o desejo sexual do criminoso.
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De acordo com Gisela, apesar de achar o projeto seria uma alternativa, ela defendeu que um estudo seja realizado para analisar a viabilidade do texto.
“A castração química pode ser uma saída, sim, mas é preciso ouvir os técnicos para saber se essa realmente é a melhor alternativa”, declarou.
“Sou plenamente a favor do endurecimento das penas para os estupradores. Tanto que no pacote antifeminicídio da senadora Margareth a gente consegue chegar ao máximo dessa pena, que é os 40 anos, e sou plenamente a favor disso”, acrescentou.
A parlamentar acredita que o Congresso Nacional deveria focar no endurecimento das penas contra os criminosos sexuais ao invés de tentar punir as vítimas, como prevê o PL antiaborto.
"O que nós brasileiros estamos precisamos focar é no fim ou na diminuição do estupro. É inaceitável que a cada oito minutos a gente tenha uma menina ou mulher sendo abusada e não se tenha isso como prioridade".
Atualmente, o deputado estadual Nikolas Ferreira (PL-MG) começou a colher assinaturas para apresentar um requerimento de urgência ao PL 4.233/20, que está parado na Casa de Leis. São necessárias cerca de 257 assinaturas para que o requerimento seja apresentado no plenário. Se aprovado, a matéria poderá ser votada em plenário sem a necessidade de passar por análise das comissões.