REPÓRTER MT
O juiz Ivan Lúcio Amarante, da comarca de Vila Rica, da Comarca de Vila Rica, foi afastado do cargo por suspeita de envolvimento em um esquema de venda de sentença, que estaria relacionado à morte do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em Cuiabá em 2023. A decisão é do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), proferida nessa sexta-feira (11).
O juiz Ivan Lúcio foi alvo de investigação pela suspeita de concessão de liminares atípicas em conflitos fundiários. Fontes da reportagem informaram que essa investigação avançou e detectou indícios de venda de setenças, resultando no afastamento pelo CNJ, que foi comunicado à Corregedoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, que manteve a decisão.
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Este é o terceiro magistrado afastado pelo CNJ do Judiciário mato-grossense. Em agosto deste ano, os desembargadores João Ferreira e Sebastião Moraestambém foram afastados do cargo por suspeita de envolvimento nesse mesmo esquema de venda de sentença.
O processo que resultou no afastamento de Ivan tramita em segredo de Justiça.
Em junho do ano passado, o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) havia protocolado um pedido de providências no CNJ contra o juiz Ivan Lúcio, por suspeita de concessão de liminares atípicas em conflitos fundiários.
A denúncia surgiu durante uma inspeção realizada pelo próprio CNJ no TJMT que apontou a existência de várias ilegalidades cometidas pelo magistrado. Ele, por diversas vezes, havia concedido liminares até em processos de competência federal.
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Caso Zampieri
Conforme a Polícia Civil de Mato Grosso, Roberto Zampieri foi morto a mando do fazendeiro Aníbal Laurindo, mas o Ministério Público ainda apura se o crime tem relação com o esquema de venda de sentenças.
Informações obtidas no celular do advogado Roberto Zampieri foram responsáveis pelo afastamento dos desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho.
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As mensagens extraídas do aparelho apontaram “uma amizade íntima” entre os três. Foi descoberto também que os magistrados recebiam de Zampieri vantagens financeiras indevidas e presentes de elevado valor para julgar recursos que atendessem aos interesses dele.