APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) detonou a decisão da Justiça Federal que colocou em liberdade os dois criminosos presos no sábado (06) com 420 kg de maconha e cocaína. A prisão foi efetuada em operação conjunta do Grupo Especial de Fronteira (Gefron), juntamente com a Polícia Federal, Exército Brasileiro e Agência Nacional de Inteligência (Abin), no município de Porto Esperidião, região de fronteira entre o Brasil e a Bolívia.
“O que aconteceu esse final de semana é mais um absurdo que mostra que ou o Judiciário está falhando no cumprimento das leis ou as leis nesse país são um fracasso, porque não é possível você prender alguém com 420 kg de cocaína e em menos de 24 horas esse cara estar solto. Ou as leis desse país são frouxas como eu tenho dito ou o Judiciário está falhando”, disse o governador em conversa com a imprensa nesta segunda-feira (08).
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“Não dá para colocar um batalhão na fronteira, gastar milhões de reais por ano, arriscar as vidas dos nossos policiais militares para tentar barrar o tráfico internacional, a entrada de drogas no Brasil e em Mato Grosso, prender dois cidadãos lá, dois indivíduos, dois criminosos, e em menos de 24 horas esses caras estarem soltos. Gente, isso é um absurdo”, acrescentou Mendes.
Precisamos mudar isso nesse país ou vamos entregar a chave para o bandido e para as facções criminosas
Mauro, que nas últimas semanas vem manifestando preocupação com a criminalidade no país, chegando a pedir ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que colocasse em tramitação o projeto da senadora Margareth Buzetti (PSD) que dá mais autonomia para os estados legislarem contra facções criminosas, disse que a palavra está com o Congresso Nacional.
“Com a palavra, o Congresso Nacional, o senhor Rodrigo Pacheco e o senhor Arthur Lira, que são dois grandes presidentes daquelas Casas, mas nós precisamos revisitar esse tema da segurança pública no Brasil”, pediu.
Por fim, o governador disse que é frustrante e irritante saber que os investimentos que o estado faz para combater o tráfico na região da fronteira não encontram respaldo nas decisões judiciais.
“É extremamente irritante e frustrante para mim, como governador, que sei os investimentos que nós estamos fazendo na Segurança Pública, eu sei os riscos que os nossos bravos e valentes soldados da Polícia Militar que ficam ali naquela região, 800 km de fronteira, trabalhando de dia, de noite, enfrentando todo tipo de dificuldade para prender bandido que passa com drogas”, lamentou.
“Isso não tem cabimento, nós precisamos mudar isso nesse país ou vamos entregar a chave para o bandido e para as facções criminosas”, concluiu.
