DAFFINY DELGADO
DO REPÓRTERMT
O governador Mauro Mendes (União) classificou como extremamente grave a declaração do prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), de que fações estariam se movimentando para “comprar votos” de vereadores para conseguir eleger um presidente na Mesa Diretora do Parlamento Cuiabano. Mauro determinou que o secretário de Segurança Pública, coronel César Roveri, se reúna urgentemente com Abilio para tratar sobre essa denúncia e tomar providências.
“É grave essa interferência e isso não é novidade para ninguém. Temos que tomar providências à altura que o fato requer”, asseverou.
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Na avaliação do governador o avanço do poder das facções é como uma doença grave, que exige tratamento forte.
“É como se tivéssemos um paciente com câncer, e hoje é um câncer o crime organizado no Brasil, e estamos a falar em dar um remédio para dor; não é isso que vai resolver. Temos que fazer uma reflexão profunda, verdadeira, honesta, corajosa para enfrentar o crime nesse país. Senão eles vão estar todo dia protagonizando cenas de violência, desrespeito e afronta ao Estado Brasileiro”, destacou.
Entenda
O prefeito eleito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou em uma entrevista à imprensa nesta quinta-feira (07) que uma facção criminosa teria sido procurada para financiar a compra de votos na disputa pela Mesa Diretora da Câmara municipal. Abilio disse que alguns vereadores, cujos nomes não foram citados, relataram terem recebido propostas de R$ 200 mil para votar conforme a orientação da facção.
“A gente recebeu informações e estamos apurando de que alguém teria pego um dinheiro emprestado com um líder do Comando para cooptar vereadores para conseguirem votos para montar uma determinada chapa. A gente não tem certeza se essa informação é real, mas a gente está apurando e diz que até vereadores já sofreram assédio ou ofertas. Mas assim, como esses vereadores optaram pelo sigilo, a gente vai fazer uma denúncia em sigilo para respeitar esses vereadores”, contou.
Diante da informação recebida, o prefeito eleito conta que está juntando provas para formalizar uma denúncia ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Polícia Civil.