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Cuiabá, 25 de Novembro de 2024
25 de Novembro de 2024

11 de Dezembro de 2023, 16h:51 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO ESPELHO

MP denuncia 22 envolvidos em esquema que causou prejuízo de R$ 57,5 milhões à Saúde

A Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva, em VG.

DO REPÓRTERMT



O Ministério Público Estadual (MPMT) ofereceu denúncia contra 22 pessoas investigadas na Operação Espelho, deflagrada pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor).

A ação policial foi instaurada para investigar uma organização criminosa responsável por praticar crimes contra a Administração Pública, especialmente fraudes a licitações e peculatos no âmbito de contratos públicos de prestação de serviços hospitalares e médicos em nosocômios Regionais e Municipais do Estado de Mato Grosso.

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Foram denunciados Osmar Gabriel Chemim, Bruno Castro Melo, Carine Quedi Lehnen Ivoglo, Gabriel Naves Torres Borges, Alberto Pires de Almeida, Renes Leão Silva, Marcelo de Alécio Costa, Catherine Roberta Castro da Silva Batista Morante, Alexsandra Meire Perez, Maria Eduarda Mattei Cardoso, Márcio Matsushita, Elisandro de Souza Nascimento, Sérgio Dezanetti, Luciano Florisbelo, Samir Yoshio Matsumoto Bissi, Euller Gustavo Pompeu de Barros Gonçalves, Pamela Lustosa Rei, Nabih Fares Fares, José Vitor Benevides Ferreira, Caroline Campos Dobes Conturbia Neves e Miguel Moraes da Cruz Suezawa.

Leia mais: Polícia indicia 22 empresários que montaram "cartel" para fraudar serviços médicos em MT

Na denúncia, o MPMT requer a reparação dos danos causados aos cofres públicos na ordem de R$ 57,5 milhões e a declaração da perda dos cargos públicos de três denunciados.

Deflagrada em 2021, a primeira fase da Operação Espelho investigou fraudes e desvios de valores ocorridos no contrato de prestação de serviços médicos no Hospital Estadual Lousite Ferreira da Silva (hospital metropolitano), em Várzea Grande.

Como desdobramento das investigações, a Polícia Civil apurou que a empresa contratada integrava um cartel de empresas dedicado a fraudar licitações e contratos de prestações de serviços médicos, principalmente, de UTIs, em todo o Estado. Foram identificados contratos fraudulentos com hospitais municipais e regionais de Mato Grosso.

Já na segunda fase da Operação Espelho, foi descoberto que, especialmente durante o período da pandemia da Covid-19, os agentes intensificaram suas ações, valendo-se da fragilidade e desespero de gestores públicos que se viam obrigados a contratar com urgência e, praticamente, a qualquer preço, os serviços médicos de UTIs.

Por meio de suas empresas, a organização criminosa simulava concorrência para a imposição de valores muito maiores que os praticados no mercado. Os serviços não eram fornecidos na forma contratada, por vezes com consentimento dos agentes públicos fiscalizadores. Pacientes eram internados nas UTIs desnecessariamente, visando apenas o aumento dos lucros.

“Diante desse cenário de extrema angústia e sofrimento vivido pela população, chega a causar indignação a ganância dos DENUNCIADOS, na maioria profissionais médicos que possuem o compromisso com a vida das pessoas, ao se aproveitarem da situação gerada pela COVID 19 para auferir lucros ilícitos às custas das verbas públicas”, destacou o promotor de Justiça, Sérgio Silva da Costa.

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