MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO
O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou dois inquéritos civis púplicos para investigar o deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) e mais três membros da família dele, por fraude no Cadastro Ambiental Rural (CAR), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). As portarias foram assinadas na última segunda-feira (1°), pelos promotores de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano e Joelson de Campos Maciel.
A suposta fraude é investigada na Operação Polygonum, deflagrada pelo MPE em parceria com a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), em 2018.
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Além do parlamentar, são investigados seus irmãos Carlos Eduardo Avalone e Marcelo Avalone e sua mãe Ida Festa Avalone.
A fazenda da família "Goio Bang II", localizada no município de Rondolândia (1068 km de Cuiabá) apresenta irregularidades no CAR, "informações inverídicas".
"Considerando que as inconsistências verificadas no Cadastro Ambiental Rural n° MT82086/2018, relativo à 'Fazenda Goio Bang I', situada no município de Rondolândia/MT, constituem passivos ambientais', conforme íntegra do AIP n. 149/2019, instaurado na Delegacia Especializada de Meio Ambiente", argumenta documento.
Veja os documentos (aqui) e (aqui).
Outro Lado
A assessoria do deputado estadual Carlos Avalone informou que ele estava incomunicável, pois, participava de reunião.
Operação Polygonum
A Polícia Civil cumpriu 28 ordens judiciais, no dia 3 de dezembro, sendo 10 mandados de prisão, 15 de busca e apreensão e três sequestros de bens(veículos). Os mandatos fazem parte da Operação Polygonum que apura fraudes ambientais conduzidas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e que está sob segredo de Justiça.
Os acusados, segundo as investigações, usavam o sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais e instrumentalizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para cometer crimes ambientais.
As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso e foram cumpridas em seis escritórios de engenharia florestal e de administração de fazendas, além de nove residências, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Barão de Melgaço, Nossa Senhora do Livramento Sinop e Colíder.
Os mandados também determinam a apreensão de veículos, supostamente comprados para lavar o dinheiro obtido ilegalmente no esquema.