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Cuiabá, 02 de Janeiro de 2025
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03 de Julho de 2019, 10h:55 - A | A

PODERES / OPERAÇÃO POLYGONUM

MPE investiga deputado Avalone, mãe e irmãos por fraude

Propriedade rural da família Avalone é apontada como parte em suposto esquema da Sema

MAJU SOUZA
DA REDAÇÃO



O Ministério Público Estadual (MPE) instaurou dois inquéritos civis púplicos para investigar o deputado estadual Carlos Avalone (PSDB) e mais três membros da família dele, por fraude no Cadastro Ambiental Rural (CAR), da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema). As portarias foram assinadas na última segunda-feira (1°), pelos promotores de Justiça Marcelo Caetano Vacchiano e Joelson de Campos Maciel.

A suposta fraude é investigada na Operação Polygonum, deflagrada pelo MPE em parceria com a Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema), em 2018.

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Além do parlamentar, são investigados seus irmãos Carlos Eduardo Avalone e Marcelo Avalone e sua mãe Ida Festa Avalone.

A fazenda da família "Goio Bang II", localizada no município de Rondolândia (1068 km de Cuiabá) apresenta irregularidades no CAR, "informações inverídicas".

"Considerando que as inconsistências verificadas no Cadastro Ambiental Rural n° MT82086/2018, relativo à 'Fazenda Goio Bang I', situada no município de Rondolândia/MT, constituem passivos ambientais', conforme íntegra do AIP n. 149/2019, instaurado na Delegacia Especializada de Meio Ambiente", argumenta documento.

Veja os documentos (aqui) e (aqui).

Outro Lado

A assessoria do deputado estadual Carlos Avalone informou que ele estava incomunicável, pois, participava de reunião. 

Operação Polygonum

A Polícia Civil cumpriu 28 ordens judiciais, no dia 3 de dezembro, sendo 10 mandados de prisão, 15 de busca e apreensão e três sequestros de bens(veículos). Os mandatos fazem parte da Operação Polygonum que apura fraudes ambientais conduzidas pela Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) e que está sob segredo de Justiça.

Os acusados, segundo as investigações, usavam o sistema de regularização e monitoramento de propriedades rurais e instrumentalizados no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para cometer crimes ambientais.

As ordens judiciais foram expedidas pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso e foram cumpridas em seis escritórios de engenharia florestal e de administração de fazendas, além de nove residências, nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande, Barão de Melgaço, Nossa Senhora do Livramento Sinop e Colíder.

Os mandados também determinam a apreensão de veículos, supostamente comprados para lavar o dinheiro obtido ilegalmente no esquema.

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