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Cuiabá, 03 de Julho de 2024
03 de Julho de 2024

13 de Junho de 2024, 09h:07 - A | A

PODERES / ESCÂNDALO DO ARROZ

PF abre inquérito para apurar fraudes no leilão do ministério de Fávaro

A empresa que arrematou o maior lote de importação de arroz é a Queijo Minas, especializada em laticínios.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para investigar possíveis irregularidades no leilão realizado na semana passada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para compra de arroz importado. O certame foi anulado depois que a imprensa divulgou que três das quatro empresas vencedoras não tinham capacidade técnica e financeira para a demanda. A empresa que arrematou o maior lote de importação de arroz é a Queijo Minas, especializada em laticínios.

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o governo cancelou o leilão por não ter "compromisso com o erro" e disse que um outro certame será realizado por meio da Conab.

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Também foi solicitado à Controladoria-Geral da União (CGU) que faça uma análise em todo o processo do leilão a fim de identificar se foi cometida alguma irregularidade. A Corregedoria-Geral da Conab também vai instaurar processo de averiguação.

“Estas medidas têm como objetivo garantir toda a transparência neste processo, bem como prestar contas e dar a tranquilidade que a sociedade brasileira merece”, diz nota divulgada pela Conab.

Outro impacto concreto dos problemas do leilão é a saída, primeiramente anunciada como "a pedido", de Neri Geller da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. A demissão ocorreu devido a uma suspeita de conflito de interesse. O diretor de Abastecimento da Conab, Thiago dos Santos, é uma indicação de Geller. Além disso, a Foco Corretora de Grãos, uma das principais corretoras do leilão, é do empresário Robson Almeida de França, que foi assessor parlamentar de Geller na Câmara, enquanto deputado federal, e sócio de Marcello Geller, filho do secretário.

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Neri Geller, que nega ter pedido demissão, disse que o leilão foi um “equívoco” do governo e disse que os verdadeiros responsáveis são o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro da Agricultura.

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