APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O prefeito eleito de Sorriso, Alei Fernandes (União), afirmou estar absolutamente tranquilo com relação à “lisura das nossas ações” durante a campanha eleitoral, concluída em outubro. A fala é uma resposta à operação da Polícia Federal, deflagrada nessa quinta-feira (05), e que investiga um suposto esquema de “caixa 2” na sua campanha.
O episódio veio à tona após a prisão do empresário Nei Francio, em outubro do ano passado, às vésperas da eleição municipal. Ele foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) com R$ 300 mil em espécie.
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Ele foi perguntado sobre a origem do dinheiro e o empresário disse que se tratava do pagamento de uma venda de arroz, contudo, ele não apresentou qualquer documento que comprovasse. No carro em que Nei estava havia propagandas do candidato a prefeito de Sorriso, Alei Fernandes (União).
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“A respeito da Operação Rustius, deflagrada pela Polícia Federal, estamos absolutamente tranquilos sobre a lisura das nossas ações. Estamos totalmente a disposição para todos os órgãos que regulam o processo eleitoral e acreditamos até, que de uma vez por todas, com a operação de hoje, ficará límpida, transparente e clara, a nossa vitória no voto, para prefeito de Sorriso”, diz trecho da nota, que é assinada também pelo vice-prefeito eleito, Acacio Ambrosini.
“A escolha do povo representa a democracia, consubstanciada no voto. Portanto, é um pilar fundamental para o funcionamento de uma sociedade justa e livre, e sua importância é incontestável e é isso que prezamos em todo o pleito eleitoral de Sorriso”, conclui a nota.
Ainda na quarta-feira (04), o Ministério Público Eleitoral pediu que a Justiça estude a possibilidade de cassar o registro da chapa e impedir que Alei e Acacio sejam empossados, o que levaria à convocação de uma nova eleição na cidade. Além disso, o MP pediu que os dois sejam considerados inelegíveis por oito anos.
O pedido foi apresentado ao juízo da 43ª Zona Eleitoral de Mato Grosso, que ainda não se manifestou a respeito.