CAMILLA ZENI
DA REDAÇÃO
A presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargadora Maria Helena Póvoas, saiu em defesa dos juízes e servidores que atuam no sistema de teletrabalho, em razão da pandemia da covid-19, e rebateu críticas da Ordem dos Advogados do Brasil - seccional Mato Grosso, e de advogados contra o modelo de trabalho.
Nesta semana, a decisão do TJMT de prorrogar o regime de teletrabalho, iniciado no dia 11 de janeiro, para até o dia 31 deste mês, foi criticada pela presidente da OAB, Gisela Cardoso, e provocou a manifestação pública do juiz Marcos Faleiros, da Vara Especializada da Justiça Militar.
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Nas redes sociais, Faleiros chegou a chamar Gisela de negacionista e defendeu que as atividades no Judiciário seguem intensas mesmo no regime de teletrabalho. Segundo ele, até mesmo no sábado e domingo as atividades são realizadas.
Nesta quarta-feira (26), Maria Helena também saiu em defesa dos servidores, ressaltando que a produtividade do Tribunal de Justiça melhorou na pandemia, e que Mato Grosso foi elogiado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
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A presidente ainda observou que, no regime de teletrabalho, "a responsabilidade é ainda maior", em razão das metas que são estipuladas pelo CNJ. Por isso, criticou as declarações "genéricas" contra o home office no Judiciário.
“Não podemos admitir as generalizações. Elas ferem a alma dos magistrados e servidores vocacionados e comprometidos com a sociedade, que são a maioria e pelos quais nutro profundo respeito", disse.
Maria Helena ainda pontuou que a Corregedoria Geral de Justiça está aberta para receber denúncias contra servidores e magistrados que possam não estar executando suas funções de forma correta, e chamou esses casos de exceções.
Judiciário em casa
Por conta do aumento de casos de covid-19 e do surto gripal da Influenza, o Judiciário decidiu adotar o teletrabalho por um período inicial de uma semana. No entanto, no dia 20, decidiu prorrogar a medida, considerando que o cenário da pandemia não foi amenizado.
O fato fez com que a presidente da OAB, Gisela, criticasse o Judiciário durante entrevista em programa de TV. Na ocasião, Gisela afirmou que o Judiciário foi o único poder que praticamente não abriu as portas e disse que o fechamento é uma medida drástica.
Uma nova avaliação sobre o home office deve ser feita no dia 31, quando acaba o prazo de teletrabalho estipulado em portaria.
Marcos 27/01/2022
Até parece que COVID só pega em fórum, e quem pega ônibus todos os dias não correm riscos? esses juízes e desembargadores , ganham pra trabalhar e não pra ficar em casa, nem home office eles fazem, e ganham muito pra isso, muita gente dependendo de abertura de fórum e comarcas, absurdo
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