facebook-icon-color.png instagram-icon-color.png twitter-icon-color.png youtube-icon-color.png tiktok-icon-color.png
Cuiabá, 24 de Setembro de 2024
24 de Setembro de 2024

24 de Setembro de 2024, 07h:00 - A | A

PODERES / ALVO DE OPERAÇÃO

Preso por ligação com facção, vereador de Cuiabá segue arrecadando doação de apoiadores em campanha à reeleição

O parlamentar, que alegou não ter patrimônio, está preso desde sexta-feira (20) no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção criminosa da Capital.

KARINE ARRUDA
DO REPÓRTER MT



O vereador e candidato à reeleição por Cuiabá, Paulo Henrique (MDB), arrecadou R$ 22,5 mil para a sua campanha eleitoral. O parlamentar está preso desde sexta-feira (20) no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, acusado de integrar um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção da Capital.

De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), esse dinheiro foi doado por apoiadores. Ao todo, o parlamentar declarou mais de R$ 33 mil em despesas, das quais pagou pouco mais de R$ 18 mil.

>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão

À justiça, o emedebista alegou não ter patrimônio, porém um relatório da investigação policial que sustentou o pedido de prisão do vereador aponta que ele movimentou R$ 1,2 milhão em um ano em uma única conta bancária. A prisão de Paulo Henrique se deu após investigações revelarem que ele participava de um esquema de lavagem de dinheiro para uma facção por meio de shows em casas noturnas de Cuiabá.

Leia mais - Vereador de Cuiabá preso que alegou não ter patrimônio movimentou mais de R$ 1,2 milhão em um ano

O vereador usava da sua influência política junto à Secretaria de Ordem Pública, onde é servidor de carreira, para garantir a liberação de licenças e alvarás para eventos organizados por uma facção. Conforme revelado pela Polícia Federal, o parlamentar mantinha contato com liderança da organização criminosa e se reunia com ele presencialmente ou por chamadas de vídeo, o que demonstra uma relação próxima entre eles.

Diante dos apontamentos, o candidato à reeleição foi preso na sexta-feira durante a segunda fase da Operação Ragnatela, denominada Pubblicare. Ainda na sexta, Paulo Henrique passou por audiência de custódia e teve a prisão preventiva mantida pelo juiz João Francisco Campos de Almeida, do Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo).

Comente esta notícia