MARCIO CAMILO
DA REDAÇÃO
O Tribunal Regional Eleitoral adiou pela terceira vez o julgamento de suposto abuso de poder econômico e de caixa 2, que teria sido praticado pela senadora Selma Arruda (PSL), em período de pré-campanha, em 2018.
O processo chegou a ter início na manhã desta terça-feira (09), mas foi adiado para manhã de quarta (10) devido a um pedido do juiz-membro Jackson Coutinho, para analisar a medida de suspeição da defesa de Selma contra o desembargador Pedro Sakamoto. Sem análise da suspeição, o mérito da ação não pode ser julgado.
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A defesa senadora alega que no último dia 4 de abril Sakamoto teria feito manifestação antecipada sobre teor de julgamento da senadora a um jornalista.
Na sessão do TRE, da manhã desta terça, antes de o julgamento ser adiado, o desembargador se defendeu das acusações e afirmou que não tem nada contra Selma e nunca fez ou faria esse tipo de manifestação na imprensa.
O Ministério Público Eleitoral deu parecer contrário ao pedido da defesa alegando que não há qualquer indício mínimo da tal prática. O MPE reforçou que a acusação contra Sakamoto não foi minimante comprovada, já que se tratam de “notícias especulativas” sobre como Sakamoto proferiria seu julgamento.
O ex-ministro de Justiça, o advogado José Cardoso, que faz a defesa do presidente do PSD Mato Grosso, Carlos Fávaro, um dos interessados na ação, disse que a medida da defesa e meramente protelatória, com objetivo de adiar o julgamento o máximo possível.
Para ele, as provas contra juíza são robustas: “Em todo minha história profissional, nunca vi algo tão escarado assim, no que se refere à prática de abuso de poder econômico e prática de caixa 2”, declarou.