DO REPÓRTERMT
A primeira-dama do estado, Virginia Mendes, manifestou apoio à personal trainer Débora Sander, que compartilhou nas redes sociais ter sido espancada pelo ex-marido, o policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza. Virginia classificou o servidor público como "criminoso" e defendeu que ele seja preso.
O agressor está no Rio de Janeiro em razão de uma licença-prêmio. As agressões ocorreram na madrugada do último dia 4 de agosto (domingo) e foram registradas em boletim de ocorrência.
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“O mais revoltante é que, enquanto Débora enfrenta essa situação difícil e continua sob ameaça, o agressor está no Rio de Janeiro, curtindo uma licença-prêmio. A situação é ainda mais chocante considerando que o policial, apesar das graves acusações e da medida protetiva contra ele, não sofreu as devidas consequências e ainda parece estar em liberdade”, disse a primeira-dama em uma rede social.
“É um desrespeito total à vítima e à Justiça. Seja quem for, não podemos aceitar que casos como esse fiquem impunes”, enfatizou.
Em entrevista ao site VG Notícias, Débora contou que foi brutalmente agredida, descreveu um cenário de violência psicológica, inclusive com ameaças que teriam sido feitas ao seu filho. Conforme a personal trainer, o agressor obteve ajuda dentro da corporação para fugir do flagrante com o benefício da licença-prêmio.
"Perdi meu emprego, estou longe do meu filho, que está sob ameaça, enquanto ele desfruta de uma licença-prêmio. Quando a justiça será feita? Esta não foi a primeira vez que ele me agrediu, mas foi a primeira vez que tive força para romper essas amarras psicológicas e denunciar", disse a personal.
A primeira-dama, que tem atuado em defesa dos direitos das mulheres por meio do programa Ser Família Mulher, idealizado por ela e coordenador pela Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc), defendeu a prisão do servidor público Sanderson Ferreira de Castro Souza e cobrou resposta das autoridades competentes.
“Reitero a necessidade de leis mais duras e rígidas para crimes como esse. Não podemos aceitar que casos tão graves fiquem impunes. A justiça precisa ser feita de forma eficaz e urgente! Precisamos de ação e transparência agora! Gostaria de uma resposta dos Poderes e da Justiça em relação a este caso. Esse criminoso deveria estar preso”, disse Virginia Mendes.
Posicionamento da corporação
Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Judiciária Civil disse que o caso foi atendido pelo Plantão 24h de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual de Cuiabá.
Em seguida, o procedimento foi remetido para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher da Capital, que é a responsável por dar continuidade às investigações.
Conforme a nota, a Corregedoria-Geral da corporação foi comunicada e notificou o servidor para que interrompa a licença.
Veja abaixo a nota na íntegra:
A Polícia Civil esclarece que a ocorrência foi atendida no Plantão 24h de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica e Sexual, em Cuiabá, sendo a vítima ouvida acerca dos respectivos fatos.
O procedimento foi encaminhado para a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, responsável pela continuidade das diligências cabíveis.
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil notificou o servidor para interromper a licença.
Por se tratar de crime de violência doméstica e familiar, detalhes não são repassados visando a preservação da vítima, bem como para não atrapalhar os trabalhos investigativos.