JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT
O bandido que matou o comerciante Gersino Rosa dos Santos, conhecido como "Nenê Games", 43 anos, e o funcionário Cleyton de Oliveira de Souza Paulino, 27 anos, jogou fora a camiseta polo branca que usava quando cometeu o duplo homicídio. O crime foi na manhã dessa quinta-feira (22) no Shopping Popular, em Cuiabá.
Câmeras de segurança do estabelecimento flagraram o momento em que o atirador, ainda não identificado, entra no Shopping Popular e vai até a banca de Nenê. Lá, ele atira duas vezes e sai correndo. O criminoso é visto com uma camiseta branca.
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Até o momento, as investigações mostraram que o bandido saiu correndo a pé do Shopping Popular, atravessou a Avenida Carmindo de Campos, foi em direção ao posto de combustíveis e entrou no Bairro Dom Aquino.
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Em uma das ruas, ele tirou a camiseta e a deixou no chão. Logo depois, a camiseta foi encontrada pela polícia. “Essa camisa já foi apreendida, ela serve pra eventual confronto de DNA. Novas diligências estão sendo feitas e a população também tem trazido informações sobre o criminoso”, afirma o delegado Nilson Farias, da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
“Existem algumas pessoas que são suspeitas, mas a gente não conseguiu ainda afunilar exatamente quem pode ser”, acrescenta o delegado, que também salientou que o atirador pode ter recebido apoio na fuga.
O crime
O duplo homicídio foi registrado por volta das 11h desta quinta-feira (23). Toda a ação foi registrada por câmeras de segurança do Shopping Popular.
O criminoso chegou sem se preocupar em cobrir o rosto. Após fazer análise da cena do crime, bem como a identificação do alvo, o bandido sacou a arma e realizou os disparos. Após o crime, ele fugiu.
Os disparos atingiram Gersino, o “Nenê Games”, na nuca, à queima-roupa. Ele tinha uma banca no local há mais de 20 anos e morreu na hora.
Os tiros também atingiram Cleyton, que era funcionário de uma outra banca no shopping e foi morto por engano. Ele morreu antes da chegada da ambulância.
Em conversa com jornalistas, o tenente-coronel Jean Kleber Brito da Silva, comandante do 1º batalhão da PM, explicou que o crime foi planejado.
“Foi um homicídio planejado, foi uma execução. Ele veio, esse autor do disparo, veio para o Shopping Popular já com o ânimo de efetuar esse disparo e matar essa vítima. Não havia forma de defesa para essa vítima”, disse.
Buscas estão sendo realizadas para capturar o atirador, que já foi identificado. A Polícia Civil não divulgou o nome dele à imprensa, mas confirma que já tem todas as informações.
Por meio de nota, a Associação dos Camelôs do Shopping Popular lamentou o acontecido.
"Neste momento a Associação prestará todo auxílio aos familiares das vítimas, bem como externa votos de condolências à família e amigos enlutados."