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Cuiabá, 26 de Novembro de 2024
26 de Novembro de 2024

07 de Março de 2024, 10h:11 - A | A

POLÍCIA / OPERAÇÃO DOCE AMARGO

Conversas no Whats mostram servidor do TJ traficando drogas: "Tenho para a hora que você quiser"

O diálogo foi obtido a partir da quebra de sigilo telefônico do aparelho celular de Fabiano Saffe, alvo da segunda fase da operação.

RENAN MARCEL
DO REPÓRTER MT



A Polícia Civil concluiu que o advogado e assessor jurídico do Tribunal de Justiça de Mato Grosso Rodrigo Moreira de Figueiredo, preso na operação Doce Amargo 3 na última terça-feira (5), faz parte de um esquema de tráfico de drogas em Cuiabá.

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Ele é apontado como suposto fornecedor de um traficante identificado como Fabiano Saffe, com quem tinha amizade em rede social. Em troca de mensagens, Rodrigo garante a Fabiano que tem a droga (maconha) a qualquer momento em que ele desejar. Sugere ainda que o traficante faça um "rateio", que, segundo a Polícia Civil, é uma "espécie de cotinha ou consórcio entre os traficantes".

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O diálogo foi obtido a partir da quebra de sigilo telefônico do aparelho celular de Fabiano Saffe, que foi alvo da segunda fase da operação.

"É bem notório que o investigado Rodrigo de Figueiredo realiza o comércio ilícito de drogas e ainda mais prevalece de seus outros contatos para fornecer o entorpecente ilícito de uma qualidade melhor e preço mais baixo para ganhar cada vez mais mercado e adquirir ainda mais a credibilidade com que já faz negócio ilícitos com ele", destaca a Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE).

Reprodução

print conversa rodrigo tj droga

Segundo a DRE há evidentes elementos indiciários de que Rodrigo é fornecedor de drogas ilícitas para o suposto Fabiano Saffe



No curso das investigações, foram identificados traficantes envolvidos com o comércio de drogas sintéticas como ecstasy, MDMA, LSD, popularmente conhecidas como “bala”, “roda” e “doce”, além de outras substâncias como variações de maconha, que eram comercializadas com usuários de maior poder aquisitivo em bairros considerados nobres da Capital e em festas e baladas.

Operação Doce Amargo

Ao todo, foram cumpridos 151 ordens judiciais, sendo 43 mandados de prisões preventivas, 54 mandados de busca e apreensão e 54 ordens de bloqueio de contas.

Esses traficantes atuavam de forma associada, dividindo tarefas e sendo fornecedores diretos a outros contatos, também somando valores para compra de maiores quantidades de drogas com qualidade mais refinada.

Outra parte dos investigados se associava ao grupo comprando drogas para fornecimento a terceiros, captando usuários e intermediando uma espécie de rateio para ampliação das vendas ilícitas. Destacou-se ainda na investigação a participação de alguns investigados vinculados a uma facção criminosa que atua no Estado de Mato Grosso, mediante o pagamento de espécie de taxa para execução das atividades ilícitas.

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