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Cuiabá, 08 de Setembro de 2024
08 de Setembro de 2024

28 de Julho de 2024, 08h:00 - A | A

POLÍCIA / 4ª CIDADE MAIS VIOLENTA

Delegado: Estamos combatendo as facções em Sorriso, mas não tem jeito, porque vagabundo é infinito

A cidade era a sexta colocada no ranking de 2022, mas teve um crescimento de 10,3% na taxa de mortes violentas no último ano.

FERNANDA ESCOUTO
DO REPÓRTERMT



O delegado da Polícia Civil de Sorriso (420 km de Cuiabá), Bruno França, falou ao Repórter MT sobre o índice de violência no município, que ficou em 4ºlugar no ranking de cidades mais violentas do Brasil, conforme o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Ele afirma que esse dado é 100% reflexo da guerra entre facções.

O anuário levou em consideração os números de 2023. A cidade era a sexta colocada no ranking de 2022, mas teve um crescimento de 10,3% na taxa de mortes violentas no último ano. Conforme os dados do anuário, em 2022, Sorriso teve 70,5 homicídios a cada 100 mil habitantes.

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Estamos prendendo, prevendo os passos das facções, deixamos os líderes isolados nos presídios para que eles não deem ordem de dentro da cadeia. A gente está transformando Sorriso numa cidade ruim para bandidagem, mas não tem jeito. Acabar com bandido, não vamos. Pois, bandido, vagabundo é infinito, não vai acabar nunca”, disse Bruno à reportagem.

Esses números de 2023 são quase que na sua totalidade resultado de guerra de facções”, pontuou.

O anuário leva em conta homicídios tentados e consumados, além de latrocínio, lesão corporal seguido de morte e feminicídio. A cidade do Nortão é a única de Mato Grosso entre as 50 mais violentas do país.

França destaca que o próximo anuário deverá ser diferente, pois o número de homicídios está diminuindo na cidade.

Neste mês não tivemos nenhum homicídio e nem tentativa. O que podemos fazer estamos fazendo. Esse anuário divulgado é de uma realidade passada. Os números passados foram muito ruins, mas agora a tendência é de queda

O estudo

Os dados se baseiam em informações fornecidas pelas secretarias de segurança pública estaduais, pelas polícias civis, militares e federal, entre outras fontes oficiais da área da segurança pública.

O Anuário é realizado desde 2007 e passou a fazer a série de homicídios a partir de 2011. A publicação é considerada uma importante ferramenta para a transparência e a prestação de contas na área.

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