APARECIDO CARMO
DAFFINY DELGADO
Jocilene Barreiro da Silva, de 60 anos, estava ansiosa pela morte do lojista Gersino Rosa dos Santos, o “Nenê Games”. Segundo o delegado Nilson Farias, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá, ela acreditava que Gersino estivesse envolvido com a morte de seu filho Girlei Silva da Silva, de 31 anos. Junto com o outro filho, Vanderley Barreiro da Silva, de 31 anos, ela foi presa em Campo Grande e trazida para Cuiabá nesta quinta-feira (04).
Girlei ou “Maranhão”, como também era conhecido, morreu no dia 9 de novembro, 14 dias antes do duplo assassinato no Shopping Popular. Não foram divulgadas muitas informações sobre o caso, apenas que até então o nome de “Nenê Games” sequer era considerado na investigação.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“A mãe estava, segundo foi investigado, muito ansiosa para que acontecesse isso (o homicídio), para ver talvez se dava um acalento no seu coração pela perda do seu filho. Porém não é assim que se resolvem as coisas, as leis existem para serem seguidas. E nesse caso específico, eles quiseram fazer justiça com as próprias mãos”, pontuou o delegado em coletiva à imprensa nessa quinta-feira (04).
Leia mais - Mãe e filho mandantes de duplo homicídio no Shopping Popular chegam a Cuiabá; vídeos
Segundo Nilson Farias, a família tinha origens ciganas e transitava por várias localidades e diferentes estados. Foi dessa maneira que eles conheceram o assassino Silvio Junior Peixoto, 26 anos, em Uberlândia.
Silvio foi preso no dia 25 de março, escondido na casa da tia de uma namorada, e confessou que recebeu R$ 10 mil para cometer o crime. Considerado amador, ele sequer se preocupou em esconder o rosto, o que facilitou na sua identificação.
“Então eles conheceram ele (Silvio) e de lá ele fez uma viagem de Uberlândia para Campo Grande. E de Campo Grande vieram os três: a mãe, o filho e o contratado para executar”, explicou o delegado.
Agora sob a custódia da Justiça de Mato Grosso, mãe e filho devem ser encaminhados para unidades penitenciárias do estado, onde aguardarão por seu julgamento.