APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
Os delegados Guilherme Bertolli e Felipe Leoni, responsáveis pela desarticulação de uma associação criminosa que desviada cargas de lotes de cervejas da Ambev, revelaram nesta quinta-feira (14), que os funcionários da cervejaria que não aceitassem participar do esquema eram ameaçados de morte e tinham que pedir demissão da empresa.
A estimativa da polícia é que o esquema tenha movimentado quase R$ 13 milhões entre 2021 e 2022.
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“Chegou ao nosso conhecimento, que aqueles que não tinham interesse na participação e eram contra (o esquema) eram ameaçados e acabavam tendo que pedir demissão e ir embora da empresa. Eram coagidos por essa associação criminosa. Ameaçados de morte”, disse Leoni, que explicou que o esquema envolvia motoristas, entregadores e manobristas dos caminhões.
" O RH fazia a contratação de boa-fé, mas essas pessoas ao longo do percurso eram corrompidas no esquema criminoso", completou o delegado.
Ainda não se sabe quantas pessoas participaram do esquema. “Nessa primeira etapa do inquérito policial a gente já tem a investigação de aproximadamente 20 pessoas. Mas isso certamente é a ponta da investigação, a ponta do iceberg, outras pessoas serão investigadas”, disse.
Dinheiro no cooler
Durante o cumprimento dos mandados na quarta-feira (13), a Polícia Civil apreendeu R$ 1,3 milhão, em dinheiro, escondidos em uma caixa térmica, na casa de L.Q.G., dono de uma distribuidora localizada no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá.
Além disso, também foram apreendidas 68 caixas de cigarros contrabandeados e centenas de engradados de cervejas furtadas.
O empresário, apontado pela polícia como líder do esquema, foi detido em flagrante pelos crimes de receptação qualificada, contrabando e expor a venda produto alimentício falsificado ou adulterado.
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