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Cuiabá, 27 de Novembro de 2024
27 de Novembro de 2024

14 de Setembro de 2023, 14h:40 - A | A

POLÍCIA / MÁFIA DA GELADA

Funcionários que não entravam em esquema de desvios de cervejas eram ameaçados de morte

Grupo teria movimentado R$ 13 milhões em dois anos, segundo delegado.

APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT



Os delegados Guilherme Bertolli e Felipe Leoni, responsáveis pela desarticulação de uma associação criminosa que desviada cargas de lotes de cervejas da Ambev, revelaram nesta quinta-feira (14), que os funcionários da cervejaria que não aceitassem participar do esquema eram ameaçados de morte e tinham que pedir demissão da empresa. 

A estimativa da polícia é que o esquema tenha movimentado quase R$ 13 milhões entre 2021 e 2022.

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Chegou ao nosso conhecimento, que aqueles que não tinham interesse na participação e eram contra (o esquema) eram ameaçados e acabavam tendo que pedir demissão e ir embora da empresa. Eram coagidos por essa associação criminosa. Ameaçados de morte”, disse Leoni, que explicou que o esquema envolvia motoristas, entregadores e manobristas dos caminhões.

O RH fazia a contratação de boa-fé, mas essas pessoas ao longo do percurso eram corrompidas no esquema criminoso", completou o delegado. 

Ainda não se sabe quantas pessoas participaram do esquema. “Nessa primeira etapa do inquérito policial a gente já tem a investigação de aproximadamente 20 pessoas. Mas isso certamente é a ponta da investigação, a ponta do iceberg, outras pessoas serão investigadas”, disse.

Dinheiro no cooler

Durante o cumprimento dos mandados na quarta-feira (13), a Polícia Civil apreendeu R$ 1,3 milhão, em dinheiro, escondidos em uma caixa térmica, na casa de L.Q.G., dono de uma distribuidora localizada no bairro Jardim Renascer, em Cuiabá.

Além disso, também foram apreendidas 68 caixas de cigarros contrabandeados e centenas de engradados de cervejas furtadas. 

O empresário, apontado pela polícia como líder do esquema, foi detido em flagrante pelos crimes de receptação qualificada, contrabando e expor a venda produto alimentício falsificado ou adulterado.

 Leia mais: Dono de distribuidora em Cuiabá é preso com R$ 1,3 milhão escondido em cooler

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