DO REPÓRTER MT
A Polícia Civil informou, nesta quarta-feira (10), que as investigações sobre a morte do advogado Renato Gomes Ney, de 72 anos, estão na fase de oitiva de testemunhas. O ex-presidente da OAB-MT foi assassinado com um tiro na cabeça na última sexta-feira (05), em frente de seu escritório, localizado na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. O autor do disparo não foi localizado.
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Entre as ações realizadas até o momento para a elucidação do caso, a Delegacia de Homicídios apreendeu o celular da vítima que foi encaminhado para análise na Politec, enquanto a DHPP faz levantamentos técnicos e coletas de informações com pessoas que estavam próximas ao local do crime.
“A prioridade das equipes policiais da DHPP, neste momento, é reunir o máximo de informações para elucidar o homicídio da vítima. Todas as informações que chegarem ao conhecimento da Delegacia de Homicídios de Cuiabá, e que puderem colaborar como esclarecimento do assassinato, serão apuradas”, finaliza a nota.
Autor não identificado
Imagens registradas por uma câmera de segurança mostram o suposto assassino do advogado Renato Gomes Nery, de 72 anos, andando em uma motocicleta, na Avenida Fernando Corrêa. A vítima foi baleada no momento em que chegava em seu escritório.
Preliminarmente foi constatado que o assassino estava perseguindo o advogado até o escritório. O suposto criminoso estava vestindo uma calça jeans escura e uma jaqueta, além do capacete preto.
A motocicleta vermelha que foi vista trafegando a avenida Fernando Correa também foi vista em uma rua lateral ao escritório do advogado minutos depois do crime. A polícia está investigando.
Suposta motivação
Menos de 20 dias antes de ser assassinado com um tiro na cabeça em Cuiabá, o advogado e ex-presidente da OAB-MT Renato Gomes Nery denunciou a existência de um suposto "escritório do crime" e protocolou uma representação disciplinar, na Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso, contra um colega de profissão que teria descumprido regras disciplinares em processos relativos à disputa por terra, em Mato Grosso.
Na peça, protocolada no dia 17 de junho, Nery faz referência a um conjunto de processos em andamento há quase 40 anos. O documento nomeia participação de jornalista, médico, advogados e até mesmo de juízes e desembargadores.
"O relato das questões fáticas que precedem aos fundamentos jurídicos faz remissão a uma longa história sobre três processos, um deles tramitando há quase 40 (quarenta) anos", diz trecho de documento.
Em síntese, o jurista acusou um advogado de se apropriar e negociar uma área que ele havia recebido como honorários das ações no qual atuou por mais de 30 anos.
Ainda na representação, Nery chegou a relacionar a atuação de um juiz, supostamente integrante de um "gabinete do crime", com a execução do advogado Roberto Zampieri, morte em 2023, em Cuiabá, no bairro Bosque da Saúde.
Após as denuncias, o advogado pediu que fosse instaurado processo administrativo disciplinar contra um advogado na OAB e ainda pediu que ele e outras testemunhas fossem ouvidas.
