JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇAO
Mais de um mês após a chacina do bairro São Mateus, em Várzea Grande, nenhum suspeito de ter cometido o crime foi preso. Na ocasião, cinco pessoas morreram com vários tiros e outros três foram baleados. Um dos feridos segue internado no Pronto Socorro Municipal, aguardando uma cirurgia na coluna, diante do projétil que atingiu seu pescoço.
Ao RepórterMT, o delegado da Polícia Civil, Silas Tadeu, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá informou que a Justiça determinou que as investigações do crime corressem em segredo de Justiça. “Com a determinação judicial, não podemos divulgar nenhuma informação”, destacou.
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Após o crime, a DHPP chegou a admitir a possibilidade que os homicídios pudessem ter sido cometidos por um grupo de extermínio formado por policiais. A ação seria uma vingança diante do assassinato do major da Polícia Militar, Claudemir Gasparetto, assassinado com cinco tiros no dia 18 de fevereiro.
Na chacina, Anderson José Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso, Sebastião Carlos Pinho morreram baleados com vários tiros na cabeça, costas, tórax e braços.
Já Márcio Santana da Silva , Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa Júnior foram baleados e levados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para o Pronto Socorro Municipal.
Arquivo Familiar |
Márcio está internado no box de emergência do PSM aguardando cirurgia na coluna |
A CHACINA
Na noite do dia 21 de fevereiro, as vítimas estavam em um bar, no bairro São Mateus, quando um carro de cor cinza parou na frente do estabelecimento e desceu quatro homens encapuzados e fortemente armados com revólveres e escopetas calibre 12.
Os suspeitos mandaram as vítimas ficarem de frente para uma parede. No momento, um dos encapuzados perguntou se algum deles tinha passagens na Polícia, gritou que eles eram integrantes do grupo criminoso Primeiro Comando da Capital (PCC) e começou a atirar.
As vítimas não tiveram tempo de fugir e foram atingidas várias vezes. A Polícia Militar foi acionada e realizou várias rondas na região, mas não conseguiu prender e nem identificar ninguém.
Uma das testemunhas afirmou que os encapuzados estavam calçados com coturnos, dando a possibilidade de serem policiais.