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Cuiabá, 18 de Setembro de 2024
18 de Setembro de 2024

16 de Setembro de 2024, 08h:02 - A | A

POLÍCIA / CRIME BÁRBARO

Juiz mantém prisões de quatro criminosos envolvidos em tortura e morte de irmãs

Um jovem que conseguiu fugir do cativeiro contou que os bandidos cometeram o crime porque uma das mulheres, supostamente, teria feito um sinal característico ao de uma facção rival

THIAGO STOFEL
REPÓRTERMT



O Juiz Ricardo Garcia Maziero, da Vara Criminal de Porto Esperidião, converteu as prisões em flagrante para preventivas de Lucas dos Santos Justiano, Maikon Douglas Gonçalves Roda, Rosivaldo Silva Nascimento, Ana Claudia Costa Silva, em audiência de custódia realizada neste domingo (15). Todos são acusados de envolvimento na tortura e execução das irmãs Rayane Alves Porto, de 25 anos, e Rithiele Alves Porto, de 28 anos, no último sábado (14), em Porto Esperidião.

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Na decisão, o magistrado salientou que somente medidas cautelares não são o suficiente para a garantia da ordem pública, já que todos os presos, possuem algum tipo de ligação com a facção criminosa Comando Vermelho.

Por conta disso, ele entendeu que liberdade dos envolvidos põe risco a vida de terceiros.

“EXPEÇAM-SE os mandados de prisão preventiva de ROSIVALDO SILVA NASCIMENTO, LUCAS DOS SANTOS JUSTINIANO, MAIKON DOUGLAS GONCALVES RODA E ANA CLAUDIA COSTA SILVA, com a regularização junto ao BNMP”, diz trecho da decisão.

O crime

Um jovem que conseguiu sobreviver do cativeiro, contou que ele, um amigo e as mulheres foram abordados e sequestrados em uma festa no Centro da cidade e levados para um cativeiro.

No local, cerca de nove bandidos começaram a questionar o se eles seriam membros de uma organização criminosa rival. Após as vítimas negarem qualquer envolvimento, os faccionados disseram que eles seriam soltos se pagassem R$ 100 mil. Porém, as vítimas não tinham esse dinheiro.

Por conta disso, as vítimas foram separadas. Os jovens ficaram na sala, enquanto as mulheres foram levadas para dentro de um quarto.

Em depoimento, um dos bandidos presos contou que as mulheres foram questionadas novamente se eram integrantes de uma facção criminosa, mas elas continuavam negando. Até que alguém ligou para um dos líderes da facção que ordenou que elas fossem mortas.

Elas tiveram os dedos cortados e o cabelo raspado. O faccionado disse que não viu nada e só ouviu os gritos e choros das mulheres que foram espacandas até a morte.

Já os jovens que ficaram na sala também foram espacandos, sendo que um deles teve a orelha praticamente arrancada.

Por fim, o sobrevivente contou que se aproveitou da distração dos criminosos e conseguiu fugir pela mata.

Horas depois, dez faccionados foram presos em flagrante, sendo seis homens e quatro mulheres.

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