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Cuiabá, 22 de Novembro de 2024
22 de Novembro de 2024

20 de Setembro de 2024, 17h:13 - A | A

POLÍCIA / AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA

Juiz mantém prisões de vereador de VG e diretor do DAE acusados de esquema que causou prejuízo de R$ 11,3 milhões

Pablo e Alessandro são apontados como líder e integrante de um esquema de corrupção no DAE.

EDUARDA FERNANDES
THIAGO STOFEL
DO REPÓRTER MT



O juiz João Bosco Soares, da 10ª Vara Criminal, manteve as prisões do vereador de Várzea Grande Pablo Pereira (União Brasil) e de Alessandro Leite de Campos, diretor comercial do Departamento de Água e Esgoto, apontados como líder e integrante de um esquema de corrupção no DAE. Eles foram presos na Operação Gota D'Água deflagrada na manhã desta sexta-feira (20) e passaram por audiência de custódia nesta tarde.

Em ambos os casos, a decisão do magistrado levou em consideração a necessidade de manutenção da ordem pública.

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À imprensa, a advogada do diretor, Islaine Arruda, disse que ainda precisa aguardar ter acesso ao teor das investigações para se manifestar de forma mais concreta. “Manteve a prisão preventiva e estamos aguardando o teor das investigações”, disse.

A defesa ainda não sabe para qual o diretor será enviado. “O nosso cliente não sabe desse tipo de cliente lá dentro [do DAE] e a gente defende a inocência dele”, acrescentou a advogada. 

Já o vereador deve ser levado para Rondonópolis. A defesa dele, patrocinada pelo advogado Rodrigo Araújo, refuta todas as acusações. "Todos os fatos demonstram que ele não tem participação nenhuma", declarou e afirmou que irá recorrer da prisão.

Outros 11 servidores foram presos nessa operação e mais de 100 mandados judiciais foram cumpridos pela Polícia Civil na sede do DAE e nas residências dos alvos.

Investigação

Conforme a investigação policial, “parte significativa” dos servidores lotados na Diretoria Comercial, integravam o esquema que, em cinco anos, causou um prejuízo de R$ 11,3 milhões aos cofres públicos.

A investigação apontou que os servidores cobravam para realizar serviços que eram responsabilidade do DAE oferecer aos cidadãos de Várzea Grande. Uma auditoria revelou, ainda, que os valores devidos por usuários dos serviços de saneamento eram reduzidos indevidamente ou até mesmo excluídos do sistema, mediante recebimento de dinheiro.

Por determinação do Juízo do Núcleo de Inquéritos Policiais de Cuiabá (Nipo), a Prefeitura de Várzea Grande deverá intervir imediatamente na gestão do DAE para restabelecer a prestação regular e efetiva do serviço público de abastecimento de água e esgoto, que foi cooptado pelo grupo criminoso.

Outro alvo preso na operação foi o vereador Pablo Pereira (União), acusado de usar a estrutura pública como forma de obter vantagem política, usando servidores em favor da sua campanha à reeleição.

 

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