APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
A juíza Giselle Maria Coelho de Albuquerque, da Vara de Precatórias Criminais de Belo Horizonte, manteve a prisão temporária do coronel do Exército Brasileiro, Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas, acusado de financiar a execução do advogado Roberto Zampieri, em Cuiabá. A juíza deixou de decidir sobre o pedido de transferência do acusado para Cuiabá, o que será analisado pela Justiça de Mato Grosso.
A decisão é desta terça-feira (16) e ainda determina que seja enviado ofício para a Promotoria dos Direitos Humanos, com cópia da ata e da gravação da audiência, para que seja apurada uma denúncia feita pelo coronel, que se diz "vítima de violência psicológica", por não ter sido respeitada sua prerrogativa de ser militar do Exército.
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Etevaldo Luiz Caçadini de Vargas também reclamou da “compleição física” dos policiais que cumpriram a prisão, isto é, "do porte físico" dos policiais que foram enviados para prendê-lo, o que entendeu como ameaça.
A respeito da transferência para Cuiabá, a magistrada determinou que a ata e a gravação da audiência de custódia sejam remetidas à Vara Criminal da capital mato-grossense, para que a decisão seja tomada pelo “juízo competente”, no caso o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).
O caso
Roberto Zampieri foi morto a tiros no dia 5 de dezembro, quando deixava seu escritório. O assassino ficou de tocaia esperando a vítima sair e o atacou no carro, uma Fiat Toro, com pelo menos 10 tiros.
A empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo, mandante da execução, tinha planos de fugir do Brasil o mais rápido possível, quando foi presa em Minas Gerais.
Já o executor e o intermediário, que contratou o assassino a mando da empresária, se encontraram uma única vez, em um hotel de Cuiabá, onde ambos estavam hospedados. Eles também viviam no estado mineiro e vieram a Cuiabá cometer o homicídio.