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Cuiabá, 28 de Abril de 2025
28 de Abril de 2025

17 de Outubro de 2016, 07h:50 - A | A

POLÍCIA / CINCO ANOS DEPOIS

Julgamento dos acusados do caso Maiana será realizado esta semana

O arbítrio de um dos casos que mais chocou Cuiabá será presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira.

LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO



Após cinco anos de espera, o júri dos acusados do assassinato da jovem Maiana Mariano será realizado na próxima terça-feira (18), no Fórum de Cuiabá. O julgamento de um dos casos que mais chocou a capital mato-grossense, será presidido pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira e decidirá o futuro de três criminosos, acusados de assassinar e ocultar o cadáver da jovem, em dezembro de 2011. Rogério da Silva Amorim, Paulo Ferreira Martins e Carlos Alexandre da Silva serão julgados, a partir das 8h30.

A estudante foi asfixiada em uma chácara no bairro Altos da Glória. Segundo o processo, o crime foi cometido por Paulo e Carlos Alexandre, que teriam sido contratados por R$ 5 mil. O empresário Rogério e a esposa Calisangela Moraes de Amorim seriam os mandantes, motivados por um relacionamento extraconjugal entre ele e a adolescente de 17 anos.

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“Eu estou indignada por este julgamento ter sido adiado tanta vezes. Estou morrendo todo dia ao ver o assassino de Maiana solto. Vamos ver se agora eles são julgados e eu, de verdade, possa enterrar o caso de minha filha”, disse a mãe da jovem. 

De acordo com a denúncia, Rogério propôs o homicídio a Paulo, alegando que Maiana e sua família estariam lhe extorquindo. Paulo ofereceu parceria no crime e divisão da recompensa a Carlos Alexandre. No dia do assassinato, Rogério pediu que Maiana fosse até o local entregar dinheiro ao chacareiro. Ao chegar lá, a vítima foi rendida pelos executores, que anunciaram um assalto. Ela foi asfixiada com um pedaço de pano e o corpo abandonado em um matagal. A ossada da vítima foi encontrada cinco meses depois.

O julgamento do caso Maiana foi marcado, inicialmente, para setembro do ano passado, redesignado outras três vezes (outubro e novembro de 2015 e agosto de 2016), até ser remarcado para este mês.

No agendamento para o dia 24 de setembro de 2015, o advogado de Rogério, Waldir Caldas, alegou que não poderia defender o seu cliente naquela data por motivos de saúde e apresentou um atestado médico de dez dias.

O julgamento, então, foi adiado para o dia 5 de outubro do mesmo ano, mas o mesmo advogado deixou o caso. A Justiça concedeu um prazo para que o empresário conseguisse um novo advogado, remarcando o júri para o dia 26 de novembro. Depois foi marcado para maio deste ano.

Em maio, a juíza cancelou o julgamento por falta de dinheiro para comprar lanche para os jurados. Na oportunidade, a magistrada decidiu que o processo é "complexo" e que o julgamento poderá durar mais de um dia por causa da quantidade de testemunhas que foram arroladas, cerca de 20.

Espera sem fim

A família de Maiana torce para o fim do caso. Eles agonizam por mais de quatro anos para assistir ao desfecho do caso, que chocou a sociedade pela forma que aconteceu.

A mãe de Maiana Vilela, Suely Mariano, afirmou que espera que enfim, a Justiça seja feita. “Eu estou indignada por este julgamento ter sido adiado tanta vezes. Estou morrendo todo dia ao ver o assassino de Maiana solto. Vamos ver se agora eles são julgados e eu, de verdade, possa enterrar o caso de minha filha”, comentou.

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