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Cuiabá, 15 de Novembro de 2024
15 de Novembro de 2024

16 de Abril de 2023, 17h:23 - A | A

POLÍCIA / TERRORISTA

Justiça mantém prisão de barbeiro que causou explosão em supermercado e feriu 3 pessoas

Magistrado entendeu que a soltura de Rodrigo pode representar risco à sociedade

JOÃO AGUIAR
DO REPÓRTER MT



O juiz Wagner Plaza decretou a prisão preventiva do barbeiro Rodrigo Machado de Oliveira, 33 anos, que implantou e explodiu uma bomba dentro do Supermercado Tropical, em Rondonópolis, (212 km de Cuiabá), na noite do dia 04 de abril. Horas antes da explosão, ele entrou em contato com o dono cobrando R$ 300 mil reais em Bitcoin, uma moeda virtual, para não cometer o crime.

Rodrigo foi preso por equipes da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos na última quarta-feira (12). Em sua casa, os policiais encontraram objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, motocicleta e outros objetos usados no crime.

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Segundo a Polícia Civil, às 08h30 do dia 04 de abril, ele entrou em contato com o serviço de atendimento ao consumidor do mercado dizendo ser “membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência”. Na mesma data, por volta das 18h, houve a explosão no mercado, que causou ferimentos graves em duas pessoas, sendo uma delas uma criança de sete anos de idade.

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De acordo com a investigação, após a detonação do artefato explosivo, o criminoso fez um novo contato, pelo mesmo serviço de atendimento ao consumidor, exigindo o pagamento. Ele ameaçava fazer um novo ataque caso fosse ignorado.

Em sua decisão, o juiz Wagner Plaza entendeu que a soltura de Rodrigo pode representar risco à sociedade. “O risco de reiteração delitiva, fator concreto que justifica a manutenção da custódia cautelar para a garantia da ordem pública, pode ser deduzido da existência de inquéritos policiais e de ações penais por infrações dolosas em curso, sem qualquer afronta ao princípio da presunção de inocência”, diz trecho.

Rodrigo responderá pelos crimes de extorsão qualificada (com agravamento pela lesão causada nas vítimas) e explosão.

Explosão

Conforme a investigação da Polícia Civil apurou, no dia 04 de abril, por volta das 08h30, o serviço de atendimento ao consumidor de uma rede de supermercados de Rondonópolis recebeu mensagens por aplicativo de uma pessoa que se dizia ser ‘membro de uma organização que efetua ações de altíssima violência’ exigindo o pagamento de R$ 300 mil em moeda virtual, tipo Bitcoin, sob pena de um ataque contra as lojas da empresa.

No mesmo dia, por volta das 18h, em uma das lojas da rede, localizada no bairro Vila Operária, houve a detonação de um artefato explosivo que causou lesão corporal grave em duas pessoas, sendo uma delas uma criança de sete anos, além de lesões em outros clientes.

Após a denotação do primeiro artefato, o autor da mensagem fez novo contato com o atendimento ao consumidor da empresa exigindo, novamente, o pagamento sob pena de um novo ataque.

Após tomar conhecimento dos fatos, a equipe de investigação da Polícia Civil orientou o imediato fechamento preventivo das lojas da rede de supermercado. Em uma delas, no bairro Jardim Tropical, foi localizado um artefato explosivo. A Polícia Civil acionou as unidades especializadas – Gerência de Operações Especiais e BOPE para desarme e detonação.

As equipes especializadas atestaram que se tratava de artefato explosivo bem elaborado, com acionamento por mecanismo eletrônico de detonação à distância.

Durante as diligências investigativas, as equipes conseguiram identificar, primeiramente, o veículo usado no crime. A partir dessa informação, a Polícia Civil chegou ao proprietário do veículo e foi encaminhado pedido de busca e apreensão domiciliar, deferido pela 2a Vara Criminal de Rondonópolis.

Buscas e prisão

Nesta terça-feira, as equipes da Derf cumpriram o mandado na residência do suspeito, R.M.D.O, de 33 anos, localizada no Residencial Farias. No local foram apreendidos objetos utilizados na fabricação dos artefatos explosivos, como pólvora, mecanismo eletrônico de detonação à distância, munições, além da motocicleta e outros objetos usados no crime.

O autor é barbeiro, não possui passagens policiais e confessou a autoria do crime.

Conforme a apuração da Polícia Civil, ele planejou meticulosamente o crime e deu detalhes sobre a execução. A investigação apontou que, em outubro do ano passado, ele deu início ao projeto, com a compra de equipamentos para as bombas, escolha da vítima e planejamento operacional, como o estudo de câmeras de segurança e rotas de fuga.

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