DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO
O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve a prisão dos sete policiais militares presos pela Polícia Civil, na manhã de quinta-feira (31), durante a Operação Simulacrum, na Grande Cuiabá. Eles são acusados de forjar confrontos para assassinar suspeitos e promover nomes e batalhões.
A decisão é da juíza Mônica Perri, da 12° Vara Criminal, tomada durante audiência de apresentação. Com as prisões mantidas, os investigados devem ficar, cada um, em seu batalhão de origem.
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Ao todo, 81 mandados de prisão e busca e apreensão foram expedidos, no entanto, apenas sete deles foram cumpridos pela Polícia Civil.
As demais decisões estão sendo cumpridas pela própria Polícia Militar. Nesta sexta-feira (01), os outros investigados que tiveram mandados cumpridos devem ser encaminhados para audiência de apresentação.
"Grupo de extermínio"
O suposto grupo criminoso investigado na Simulacrum, integrava os Batalhões da Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam), Batalhão de Operações Especiais (Bope) e Força Tática do 1º Comando Regional.
A operação, que tem apoio do Ministério Público Estadual (MPMT), investiga o envolvimento dos militares em 24 homicídios praticados em Cuiabá e Várzea Grande desde 2017.
Leia mais sobre o caso
Operação prende 81 policiais militares por matança de 24 pessoas
PMs da Rotam, Bope e Força Tática forjavam confrontos e matavam para se promover
De acordo com as investigações, os alvos eram atraídos para locais ermos, onde já se encontravam os policiais militares, e eram sumariamente executados, sob o falso fundamento de confronto.
Foi destacado pelas autoridades que a intenção do grupo criminoso era de promover o nome dos policiais envolvidos e de seus respectivos batalhões.