JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A Grande Cuiabá somou 397 assassinatos em 2015. Desse total, 22 deles são de latrocínio (roubo seguido de morte). Apesar do alto índice, houve uma redução da violência se comparar com 2014, já que o ano somou 500 mortes, sendo 30 casos de vítimas que morreram durante assaltos.
Segundo informações da Polícia Civil, somente em Várzea Grande, 225 pessoas morreram. No entanto, os homicídios reduziram 40%. Já na capital foi registrada uma redução de apenas 5%.
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Em sua última entrevista como secretário Estadual de Segurança Pública, Mauro Zaque, que deixou o cargo no dia 23 de dezembro, para que o então secretário adjunto, Fábio Galindo, assumisse , concluiu como satisfatória as ações das Polícias Militar e Civil, durante este ano. Ele lembrou que as diversas operações realizadas durante os 12 meses do ano foram primordiais para que ocorresse a redução da violência, nas duas cidades.
RepórterMT
Zaque oficializou saída do staff de Taques no dia 23 de dezembro.
ACERTO DE CONTAS
Dos quase 400 homicídios ocorridos no ano, a maioria dos executados tinham antecedentes criminais, conforme já informou a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da capital.
Para a DHPP, esses podem ter ocorrido por acerto de contas entre bandidos rivais, ou cobranças de dívidas de drogas, entre outros.
Desses crimes, 72% foram elucidados. No entanto, o restante tiveram inquéritos concluídos sem a identificação dos assassinos. Desse total, apenas 3% dos executores foram presos no período de flagrante.
VÍTIMAS DA ‘LIGA DA JUSTIÇA’
Sobre as execuções, a DHPP não descartou que ao menos 10 delas, tendo vítimas com passagens criminais, tenham sido mortos por um grupo de extermínio denominado "Liga da Justiça". As execuções aconteceram com o mesmo modo operanti, quando bandidos, sempre encapuzados, usam carros pretos e executam os alvos com armas de alto calibre.
Para elucidá-los, a Polícia Civil montou uma força-tarefa para investigar ao menos 62 execuções nas grandes cidades. A identidade dos delegados que vão investigar os homicídios não foram divulgados.
ZAQUE EXONERADO
Fábio Galindo será secretário da Sesp durante o mês de janeiro de 2016. Até que o governador Pedro Taques (PSDB) escolha seu sucessor. (LEIA MAIS AQUI).
Zaque deixou a pasta ‘sem mágoas’. Em um ofício enviado a Taques, o ex-secretário agradeceu a confiança depositada nele e na sua equipe e destacou que o apoio foi essencial para a construção de uma ‘nova segurança pública’ em MT.
Reprodução
Fábio Galindo deve ficar à frente da Sesp durante janeiro até Taques decidir escolher seu sucessor.