APARECIDO CARMO
DO REPÓRTERMT
O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) solicitou que a Corregedoria da Polícia Civil apure a denúncia de um dos assassinos dos motoristas de aplicativo mortos em Várzea Grande, que alegou ter sido agredido com tapas por agente daquela corporação. O pedido foi feito durante a audiência de custódia de Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, realizada na terça-feira (16).
O RepórterMT teve acesso ao trecho da audiência em que o promotor Milton Pereira Merquiades, da 5ª Promotoria de Justiça Criminal de Várzea Grande, solicita que seja apurada a denúncia de Lucas.
>>> Clique aqui e receba notícias de MT na palma da sua mão
“Com relação a eventuais abusos praticados pelo policial civil, logicamente esse tipo de conduta não se justifica, não encontra amparo legal. Se realmente comprovada pode caracterizar um crime de lesão corporal ou até mesmo de abuso de autoridade. Em razão disso, o Ministério Público requer que seja enviado expediente à Corregedoria da Polícia Civil para que instaure inquérito e apure esta eventual prática de crime por parte do policial. Logicamente que nós não temos aqui nenhum elemento a não ser a palavra do custodiado”, disse o promotor em sua intervenção.
Em nenhum momento ele imputa a qualquer agente policial algum tipo de crime e admite que tem apenas a palavra do preso como elemento para sustentar o pedido.
Ao RepórterMT, o promotor explicou que assim como o juiz tem a obrigação legal de indagar ao preso se ele sofreu alguma agressão no momento da prisão, sob risco de incorrer em infração, o representante do Ministério Público tem o dever de requerer que uma eventual denúncia apresentada por um preso seja verificada, sob risco de prevaricar.
Milton Merquiades classificou os assassinatos de três motoristas de aplicativo como um “crime bárbaro” e que sua manifestação seguiu tão somente o que estabelece a lei.
“Compreendo a indignação da sociedade, porque é um crime que choca todo mundo, é um crime bárbaro. Ninguém vai passar a mão na cabeça”, disse.
O promotor explica que não é porque um preso disse que foi agredido que isso é verdade, mas ponderou que “onde há relatos de agressão, há que se averiguar” e que não tem motivo para não seguir o que estabelece a lei.
O caso
Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, e outros dois adolescentes de 15 e 17 anos, confessaram à polícia ter matado e roubado (latrocínio) três motoristas de aplicativo e escondido os corpos em local que dificultava a sua localização.
Em depoimento, o menor de 17 anos disse que sentia prazer em matar e que a cada vez que ele matava alguém sentia como se o crime tivesse vencido.
LEIA MAIS - Menor diz que sentiu prazer em matar motoristas de aplicativo: "Virou compulsão"
Os menores de idade, por lei, só podem ficar internados por até três anos.
Lucas, por ser maior de idade, pode ser condenado a mais de 80 anos por crimes como latrocínio, corrupção de menores e extorsão cometidos contra as três vítimas.
Por ordem da Justiça, os três acusados estão sob custódia do Estado.
Dito Cujo 19/04/2024
Começa a fazer perguntas para esses criminosos como eles vão fazer o reparo do dano causado para as famílias e vítimas, inversão de valores!
Jefferson 19/04/2024
Eu estava lá na upa com minha mãe vi ninguém batendo neses raça ruim foro até sem algemas
Eu mesmo 18/04/2024
Tinha que bater maís
Wilma Comim 18/04/2024
Absurdo! Só eles podem bater e matar.
4 comentários