MARCELO FERRAZ
DA REDAÇÃO
O soldado da Polícia Militar Pablo Plínio Mosqueiro Aguiar, que foi preso no último dia 26 de abril, acusado de fazer parte de um grupo de extermínio, que agia por 'encomenda' em Várzea Grande, foi solto na última sexta-feira (13). Segundo a Secretaria de Direitos Humanos do Estado (Sejudh) a soltura se deu por um erro no cadastro dos detentos operado pelo sistema da pasta.
Conforme a Sejudh, no sistema de informações da Secretaria não constava a informação de que o militar respondia processo por compor uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso que assassinava pessoas.
A Sejudh informou que, após a decisão judicial que revogou uma prisão preventiva antiga contra o soldado acusado, na última quarta-feira (11), ele acabou ganhando a liberdade.
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De acordo com a assessoria de imprensa, houve uma anulação de uma prisão antiga do policial por porte ilegal de armas, e não a atual referente ao grupo de extermínio.
Pablo é um dos seis policiais da PM que foram presos durante Operação “Mercenários”, deflagrada no dia 26 de abril pela Polícia Civil. Segundo a decisão judicial que concedeu os mandados de prisão, o grupo foi apontado pela autoria de pelo menos 80 homicídios na Baixada Cuiabana.
Conforme a Sejudh, no sistema de informações da Secretaria não constava a informação de que o militar respondia processo por compor uma organização criminosa no Estado de Mato Grosso que assassinava pessoas. A assessoria alegou que a falta de atualização das informações por parte do sistema culminou na soltura indevida do detento.
De acordo com a instituição, o detento foi encaminhado novamente à Cadeia Militar de Santo Antônio de Leverger, local onde permanecerá preso em regime fechado até a próxima ordem judicial.
Porém, assim que foi detectado o problema, a Polícia Civil recebeu a informação correta para prender novamente Pablo, o que aconteceu na última segunda-feira (16), em Várzea Grande.
De acordo com a instituição, o detento foi encaminhado novamente à Cadeia Militar de Santo Antônio de Leverger (a 27 km de Cuiabá), local onde permanecerá preso em regime fechado até a próxima ordem judicial.
A assessoria da Sejudh ressaltou ainda que, para evitar esse tipo de erro, um novo sistema já está em funcionamento para organizar e operar as informações constantes no cadastro dos detentos.
Operação Mercenários
A Operação “Mercenários” prendeu 17 pessoas em Cuiabá e Várzea Grande, acusadas de fazerem parte de uma facção criminosa. Entre as execuções realizadas pelo bando estariam a morte do empresário Eduardo Rodrigo Beckert, 35, que foi assassinado em plena luz do dia, enquanto chegava na casa dele, em Várzea Grande, no último dia 5 de abril e também a chacina ocorrida no último dia 13 de abril, na região do Cristo Rei, também em Várzea Grande.
Na ocasião, três foram mortos a tiros e um ficou ferido. A motivação dos crimes, segundo as investigações, era meramente financeira e as vítimas não estavam necessariamente vinculadas a crimes.