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Cuiabá, 14 de Novembro de 2024
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24 de Junho de 2017, 08h:40 - A | A

POLÍCIA / MATANÇA NO PROSTÍBULO

PM teria rixa com dona de bordel que o acusou de forjar flagrante

Pelos desentendimentos com a mulher, foi pedida a transferência do soldado, quem ato de fúria invadiu o local e a matou junto com outras três pessoas.

LUIS VINICIUS
DA REDAÇÃO



Autor da matança que vitimou quatro pessoas em um prostíbulo em Brasnorte, o soldado da Polícia Militar, Rhael Jaime Gonçalves, 24, que foi preso na madrugada desta quinta-feira (22), foi denunciado pela dona do local, por forjar um flagrante de tráfico de drogas no estabelecimento, o que teria gerado uma rixa fatal.

“O Rhael tinha esse desentendimento com a proprietária. No entanto, o crime de tráfico não se configurou. Foram realizados teste no material apreendido e ele não se configurou como entorpecente. Desde aí eles começaram a se desentender”, explicou o comandante.

A informação foi confirmada pelo comandante do Comando Regional de Tangará da Serra (240 km de Cuiabá), tenente coronel, Wesley de Castro Sodré, que também contou ao que o soldado tinha conduta reprovada por consumo excessivo de álcool.

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As investigações apontam que a rivalidade pode ter sido o 'estopim' para a matança, na noite de quarta-feira (21), na boate, chamada “Cinthia Drinks”, pois pelo desentendimento do soldado com Maria, o comandante regional teria solicitado a transferência do militar para a cidade de Tangará da Serra, o que teria despertado a ira de Rhael.

"Eu conversei com ele e tentei fazer com que  [transferência] fosse da maneira menos traumática possível. No entanto, nada nos levou a imaginar que ele cometeria uma coisa dessa”, concluiu.

De acordo com informações, o soldado invadidiu a casa de prostituição e matou além de Maria, Bruno Feitosa Comin, 22 (gerente do estabelecimento), Marlene dos Santos Marques, 40, e Adilson Matias, 46. Lucas Rafael Fernandes, 26, também foi preso acusado de levar Rhael até o local do crime em uma motocicleta. 

Rivalidade fatal

Conforme apurou o , o desentendimento entre as partes começou quando Rhael foi designado para ir à paisana no local verificar a denúncia de tráfico. Na ocasião, o filho de Maria e outras duas pessoas foram presas. A dona do prostíbulo acusava o soldado de forjar o flagrante.

A Polícia Civil encaminhou a suposta droga que tinha sido apreendida no local para a perícia analisar a substância. O laudo apontou que não se tratava de entorpecente. O delegado então chamou a dona da boate e outras testemunhas para prestarem depoimento. As testemunhas disseram que ele tinha deixado a substância no local e ameaçado as pessoas que estavam no estabelecimento. Sem a comprovação de que tratava de tráfico de drogas, os presos foram soltos.

Todo o procedimento foi encaminhado ao Comando da PM da região, o que causaria a transferência dele para outra cidade. Rhael ainda estava em período de estágio probatório. 

“O Rhael tinha esse desentendimento com a proprietária. No entanto, o crime de tráfico não se configurou. Foram realizados teste no material apreendido e ele não se configurou como entorpecente. Desde aí eles começaram a se desentender”, explicou Sodré.

Conduta reprovada

À reportagem, o tenente coronel Sodré afirmou que solicitou a transferência de Rhael por reprovar sua conduta devido o consumo excessivo de bebida alcoólica. O oficial afirmou que isso poderia prejudicá-lo caso continuasse na cidade.

“Eu estive aqui na cidade na semana passada e havia recebido algumas informações sobre condutas inconvenientes dele, inclusive durante a folga. A princípio atrelado ao uso excessivo de álcool. Desta forma, tomei a decisão de transferi-lo. Mas isso seria feito com calma, não de uma forma imediata. Eu conversei com ele e tentei fazer com que fosse da maneira menos traumática possível. No entanto, nada nos levou a imaginar que ele cometeria uma coisa dessa”, concluiu.

Após o crime, o soldado voltou ao quartel, onde inicialmente negou a autoria dos homicídios, porém foi detido pelo subcomandante da Polícia Militar de Brasnorte, que o apresentou imediatamente ao delegado de polícia da cidade, Waner dos Santos Neves.

O soldado confessou o crime, mas preferiu não contar o que teria levado ele a tomar tal atitude. Ele foi transferido na sexta-feira (23) para Tangará da Serra.

O militar deve prestar depoimento na próxima semana.

 

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