JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO
A Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros (AOPMCB) irá realizar uma assembleia com todos os militares para discutir um plano de reestruturação das corporações não descarta uma greve do militares em MT durante a Copa do Mundo, que tem Cuiabá como uma das subsedes. A reunião ocorre na próxima terça-feira (13), no ginásio ‘Verdinho’, localizado na Avenida Rubens de Mendonça (CPA). Uma paralisação dos PMs não teria amparo legal.
“Após todos terem conhecimento sobre o projeto e se o Governo não der um posicionamento sobre nossas reinvindicações, iremos ouvir todos os policiais para saber qual será o próximo passo”, disse RepórterMT o presidente da AOPMCB, major Wanderson Nunes Siqueira. Segundo ele, o objetivo é definir uma política salarial para os próximos anos.
“Pela primeira vez estamos unidos para ganharmos essa reestruturação no salário. Já notificamos e enviamos nossas exigências ao governador Silval Barbosa (PMDB), porém até o momento não tivemos uma resposta oficial”, destacou.
Segundo Siqueira, no momento o Governo não está fazendo um tratamento igual dentro da Segurança Pública de Mato Grosso, já que nos últimos meses concedeu um aumento no salário dos delegados da Polícia Civil e sequer reajustou o vencimento dos oficiais da PM e CB. “A gente está buscando esse tratamento igualitário. Temos um processo discriminatório onde os policiais e bombeiros não possuem uma série de direitos. Além de ter um salário de 40% menor que outras carreiras na Segurança Pública”, explicou.
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Para o major, uma dessas diferenças de tratamento se dá no caso de investigadores e escrivães da Polícia Civil, que têm no salário o adicional noturno e não corre riscos como os policiais militares, que trabalham enfrentando da violência.
“O PM trabalha à noite e não tem esse incremento, quando há uma chacina ou um grande evento como as eleições, esses policiais têm suas folgas e férias cortadas e são obrigados a trabalharem de forma abusiva”, disse.
REFLEXO NEGATIVO
Segundo o major, o baixo salário dos policiais acaba afetando o serviço que eles promovem no dia-a-dia. Já que a PM do Estado tem o salário mais baixo da região Centro-Oeste do país. “Isso acaba refletindo na vontade do policial realizar suas atividades diariamente, ficando desanimado”, finalizou.
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