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Cuiabá, 01 de Julho de 2024
01 de Julho de 2024

27 de Junho de 2024, 08h:56 - A | A

POLÍCIA / ACUSADOS DE FRAUDE

Polícia Federal caça ex-diretores e ex-CEO da Americanas

Ex-presidente Miguel Gutierrez e ex-diretora Anna Saicali deixaram país; OUTRO LADO: assessoria de Saicali não se pronunciou; defesa de Gutierrez não foi encontrada.

Fabio Serapião
Folha de S. Paulo



A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta (27) mandados de busca e apreensão contra ex-diretores e pessoas ligadas a Americanas.

Cerca de 80 policiais federais cumprem dois mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão nas residências dos ex-diretores das Americanas localizadas no Rio de Janeiro. Além disso, a Justiça Federal determinou o sequestro de bens e valores destes ex-diretores que somam mais de R$ 500 milhões.

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A operação foi batizada de "disclosure", termo em inglês usado no mercado financeiro para divulgação de informações para dar transparência à situação econômica de uma empresa.

Entre os alvos está o ex-CEO Miguel Gutierrez, que tem contra ele mandado de busca e de prisão preventiva. Também tem ordem de prisão contra si a ex-diretora Anna Saicali. Gutierrez, que tem cidadania espanhola além da brasileira, e Saicali deixaram o Brasil e são procurados.

Contatada, a assessoria de Saicali não se pronunciou. A Folha ainda não conseguiu contato com a defesa de Gutierrez.

Os outros alvos são Anna Christina Soteto, Carlos Eduardo Padilha, Fabien Picavet, Fabio Abrate, Jean Pierre Ferreira, João Guerra Duarte Neto, José Timotheo de Barros, Luiz Augusto Henriques, Marcio Cruz Meirelles, Maria Chirstina Do Nascimento, Murilo dos Santos Correa e Raoni Lapagesse Franco.

Entre outros elementos, a ação da PF tem como lastro os acordos de colaboração premiada de Marcelo Nunes, que foi diretor financeiro da empresa, e Flávia Carneiro, responsável pela Controladoria da B2W.

A investigação desenvolvida pela PF mostrou que as irregularidades praticadas pelo ex-funcionários da empresa tinham como finalidade alcançar metas financeiras internas e fomentar bonificações. Por outro lado, a ação dos investigados manipulava e aumentava de forma ilícita o valor de mercado das ações da empresa.

São investigados os crimes de manipulação de mercado, uso de informação privilegiada e associação criminosa. Em caso de condenação, as penas chegam a até 26 anos de reclusão. As medidas da operação policial desta quinta foram autorizadas pela 10ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Leia mais na Folha de S. Paulo.

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