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Cuiabá, 25 de Novembro de 2024
25 de Novembro de 2024

22 de Fevereiro de 2015, 10h:12 - A | A

POLÍCIA / CHACINA DO SÃO MATEUS

Polícia não identifica 'grupo de extermínio' e crime continua sem solução

Bandidos saíram de carro encapuzados, mandaram vítimas se virarem contra parede e os executaram com tiros de pistola e escopeta calibre 12. Cinco morreram e três sobreviveram.

JOÃO RIBEIRO
DA REDAÇÃO



A ‘Chacina do São Mateus’ completa exatamente um ano, neste sábado (21). Porém, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Cuiabá não conseguiu sequer identificar ao menos quatro criminosos que mataram cinco pessoas a tiros e deixaram outras três, gravemente feridas, no ‘Bar e Mercearia Bom Jesus’, localizado na Rua 178, do bairro periférico de Várzea Grande, São Mateus.

Ao RepórterMT, a delegada chefe da DHPP, Anaíde Barros, afirmou que as investigações não foram arquivadas.

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No entanto, as diligências estão correndo em segredo de Justiça. Por isso, ela não poderia fornecer nenhuma informação sobre o caso. A determinação judicial ocorreu um mês de depois da chacina.

Na época, a DHPP informou por meio do então delegado chefe, Silas Tadeu, que não descartava que os crimes tivessem sido cometidos por um grupo de extermínio formado por policiais militares.  Já que eles poderiam estar vingando a morte do major da PM, Claudemir Gasparetto, que foi executado três dias antes, na frente da casa dele, no bairro Planalto Ipiranga, também em Várzea Grande.

Reprodução

gasparetto

Major foi executado a tiros na frente da casa dele, no bairro Planalto Ipiranga, em VG. Homicídio ocorreu três dias antes da chacina.


Morreram na chacina, Anderson José Leite da Silva, Gonçalo Vaz de Campos, Douglas Campos Fernandes, Jean de Assunção Pedroso e Sebastião Carlos Pinho. A Polícia Militar afirmou que três deles tinham antecedentes criminais.

Já Márcio Santana da Silva, Geovane Marcelino Santana e Marlon da Silva Lisboa Júnior foram baleados, levados para o Pronto-Socorro Municipal, mas tiveram alta.

Reprodução

chacina

Corpos ainda no bar, antes de serem encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).


A CHACINA

Segundo relatos de um dos sobreviventes, um Fiat Pálio Weekend de cor cinza parou na frente do bar. Em seguida, quatro homens encapuzados saíram do veículo armados com pistolas e escopetas calibre 12.

A vítima contou que os criminosos mandaram ele e outras sete pessoas que estavam no estabelecimento ficarem contra a parede.

Reprodução

chacina

Vítimas foram mortos com tiros de pistola e escopetas calibre 12.


Durante a abordagem, a testemunha afirmou que um dos bandidos perguntou aos ‘alvos’ quem tinha passagem pela Polícia. No momento que responderam, os outros encapuzados disseram que quem não tinha iria ter. Em seguida, atiraram várias vezes.

As vítimas foram baleadas nas costas, cabeça, braços e pernas. Após a chacina, os bandidos voltaram para o carro e fugiram em alta velocidade.

Uma testemunha contou que três dos encapuzados calçavam coturnos. Já o quarto assassino estaria de tênis.   

 

 

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