DA EDITORIA
O promotor de Justiça Luciano André Viruel Martinez acusa os principais sites de notícias da Capital de desrespeitarem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao divulgarem um vídeo da adolescente B.O.C, de 15 anos, que matou a amiga Isabele Guimarães Ramos, de 14 anos, com um tiro na testa, à queima-roupa. Vários detalhes chamam a atenção para a representação do promotor. Primeiro ele quer que os sites , Hiper Notícias, Folha Max, Olhar Direto e Mídia News paguem R$ 100 mil por divulgarem um vídeo onde o rosto da adolescente aparece coberto por mosaico e a voz destorcida, a conhecida voz de pato. Aliás, todas as fotos e vídeos onde a indiciada pela morte aparece, o rosto está coberto por mosaico.
Em aparente ânsia de prejudicar os grandes sites da Capital, o promotor faz vistas grossas à rede Globo que vem, tanto na programação local como no programa Fantástico, divulgando diversos vídeos e fotos do caso Isabele. Inclusive, com anuência de alguma autoridade, a emissora foi a única que teve acesso à casa onde a adolescente morreu no dia da reconstituição do crime, quando os jornalistas dos sites eram ameaçados de serem presos se chegassem perto. Por que será?
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Outro fato que chama muito a atenção é que o promotor condena a imprensa por ter divulgado o nome do pai da adolescente, o empresário Marcelo Cestari, que foi preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo por ter armas não registradas dentro de sua casa. Também vale lembrar que o mesmo empresário deixava as armas guardadas dentro de um armário comum de roupas, sem nenhuma proteção devida e exigida por lei, até mesmo para proteger menores, enquanto tem em casa quatro adolescentes, sendo três de 15 anos e uma de 17.
É possível que o Ministério Público esteja querendo dizer que a imprensa deveria omitir o nome do empresário que cometeu crime, que inclusive resultou na morte de Isabele, porque a filha dele, a quem ele entregou uma arma de fogo, é adolescente?
Ou, mais uma vez, será tudo isso porque a família é de classe alta?
Marcelo Cestari foi solto após pagar uma fiança de um salário mínimo, o que foi amplamente criticado e depois até alterado pela Justiça, mostrando que o delegado que fez o flagrante agiu de forma, no mínimo, equivocada. A adolescente que fez o disparo se quer foi ouvida no dia do crime. Policiais civis e militares, amigos do empresário, estiveram na casa para “apoiá-lo” minutos após o crime, um deles inclusive fardado, porque estava em serviço. São tantos fatos que chamam a atenção neste caso.
Vale ressaltar que todos os dias, a imprensa mato-grossense e a nacional, divulga crimes cometidos por adolescentes, com idade, fotos com mosaico no rosto, vídeos com imagens desfocadas, igualzinho no caso Isabele. Mas a divulgação destes crimes ANÁLOGOS A HOMICÍDIOS, ESTUPROS, LATROCÍNIOS, não é questionada. Por que será?
Ficam os questionamentos. E para finalizar, apenas mais um: não estaria o nome promotor de Justiça incorrendo na lei de abuso de autoridade?
Fernando Borges 07/10/2020
Como é que vamos acreditar numa justiça dessas? Onde o errado é o certo e o certo é o errado. Infelizmente sempre 2 pesos e 2 medidas e nada vai mudar neste Brasil.
PROMOTOR DE INJUSTIÇA 07/10/2020
O nobre Promotor de INJUSTIÇA, mais um ativo conivente, que pelo jeito procurou direcionar a sua profissão à defesa do crime parcial e monetário, deveria colocar a mão na consciência, se tiver, que a vítima não é família Cestari, mas sim a família Guimarães Ramos, que teve sua filha assassinada (NÃO FOI ACIDENTE), com um tiro na cabeça, sem direito a defesa algum. Um tiro reto, em linha horizontal, em altura de posição de disparo, não tem como ser acidente meu nobre Promotor. Assassino não tem direito a defesa. Mas como é de Menor, o senhor já sabe, como todo Brasileiro, que não vai dar em nada, nada, nada, nem ao menor internação. As leis brasileiras e suas premissas justificam isso.
Neyman Monteiro 06/10/2020
É sempre assim quando teve a Grampolandia passei por algo semelhante advofgando pro cabo Gerson mas não baixei a cabeça nao é só não ter MEDO simples somente façam seu trabalho pessoal da imprensa a única coisa que vcs não tem que ter e MEDO de alguns promotores.
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